quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Manifestação pela continuidade da Política Pública que incentiva e apóia os Coletivos Educadores

Participe da manifestação pela continuidade da Política Pública que incentiva e apóia os Coletivos Educadores, Salas Verdes, Enraizamento, Conferências de Meio Ambiente (adulto e infanto-juvenil) , Redes, CIEAs, Com-Vidas e programas e projetos locais diversificados! Copie e cole no seu navegador e participe.

www.pnetpeticoes.pt/coletivoseducadores/

Esse documento será entregue à nova Direção do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente – DEA/MMA

Ajude a promover essa manifestação, reenviando esta mensagem para outras listas, blogs e fóruns.

Cordialmente.

Coletivos Educadores

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Começa período de defeso nos rios da Bacia Amazônica

São Paulo, SP - A partir do sábado passado(15 de Novembro), a pesca de várias espécies de peixes nos rios amazônicos sofre restrições. Entra em vigor o período conhecido "defeso", em que o Ibama impõe regras especiais para a pesca em quase todo o território nacional. As restrições são necessárias para não atrapalhar a reprodução de espécies migratórias, como os grandes bagres, piraíbas e tambaquis, que ficam mais vulneráveis durante essa época, chamada de piracema.

Por conta da diversidade de clima, de espécies e pela extensão territorial brasileira, a proibição da pesca ocorre em datas e formas diferentes. Em Mato Grosso, por exemplo, o defeso começou no início do mês, e o Ibama proíbe a pesca profissional e amadora, mas permite que ribeirinhos capturem até 3 quilos de peixe por dia, para consumo próprio.

Na maior parte da Bacia Amazônica, apenas uma parte dos rios têm proibição total. Nos outros locais, a pesca de algumas espécies está proibida, e de outras não. Segundo a bióloga Sara Mota, da Coordenação de Ordenamento Pesqueiro do Ibama, a proibição parcial causa complicações. "Como não está totalmente proibida a pesca, acabam capturando sem querer espécies que estão no defeso", afirma.

Migração

A bióloga explica que há duas formas principais de migração dos peixes da Amazônia. Na primeira, algumas espécies se dirigem dos pequenos rios para o encontro com corpos d’água maiores, onde fazem a desova. Nesse caso, a pesca é proibida na confluência dos grandes rios com seus afluentes.

No segundo tipo, espécies percorrem centenas, e às vezes milhares de quilômetros para desovar na cabeceira dos rios, que muitas vezes ficam em países vizinhos, como o Peru e a Bolívia. Segundo Mota, é mais difícil de proteger os peixes que fazem esse tipo de migração. "Se houver barragens, como as que serão construídas no rio Madeira, os peixes vão ter problemas se não tiver um mecanismo para subir o rio", alerta.

A captura dos peixes que estão no período de piracema é mais fácil porque eles ficam cansados de percorrer longas distâncias, e tornam-se presas fáceis. Ao mesmo tempo, matá-los durante esse período impede que milhares de larvas nasçam, pois as fêmeas estão carregadas de ovos.

Compensação econômica

Não são apenas os peixes que ganham proteção durante a piracema. Para evitar que os pescadores fiquem sem renda durante o período de defeso, o governo federal oferece seguro-desemprego para os que têm sua renda afetada pelas proibições. O valor é de um salário mínimo, e o pagamento é feito enquanto durar a piracema na região.

Fonte: Amazonia.org.br / G1.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Processamento da borracha transforma vida de homens da floresta

Encauchados de vegetais elevam renda de seringueiros e indígenas no Acre. Projeto foi um dos vencedores do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social em 2007
Brasília - Eles acordam muito cedo. Às 3h já estão na mata, riscando as seringueiras. Retornam ao barracão somente na metade do dia. Nesse horário, seus companheiros de trabalho já os aguardam para dar seguimento ao trabalho. Nessa hora, adicionam o agente vulcanizante à borracha. Depois, panela no fogo, cozinham a mistura e dão início à produção de sacolas, porta-lápis, camisetas e embalagens de borracha. Com os produtos, tiram os intermediários do negócio e assim melhorar a renda e avivam o orgulho.
O líquido vulcanizante, que não deixa o látex perder a elasticidade e coagular, é resultado de pesquisa do professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) Francisco Samonek. Em conjunto com seringueiros e indígenas da região, ele fez diferentes testes com substâncias naturais coagulantes até chegar a formula correta.
Ao processo de vulcanização da borracha, o pesquisador deu o nome encauchados de vegetais da Amazônia. O projeto venceu, em 2007, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.
A produção das peças de látex combina fibras vegetais, como embaúba e algodoeiro, pigmentos e aromas obtidos de forma natural, extraídos de folhas da anilina, das cascas do jatobá, do breu e da semente de urucum.
Mãe seringueira - O projeto encauchados vegetais tem transformado a vida de homens como Raimundo Nonato Soares, 42 anos, morador na Reserva Extrativista Cazumbá, em Sena Madureira. Casado com Eleonora, a Nói, e pai de três filhos, Nonato conta que trabalha desde os 10 anos com o pai e os 11 irmãos no seringal.
Todo o dinheiro que recebe com os produtos que fabrica com a borracha – sacolas, porta-lápis, camisetas e embalagens - é reservado para os estudos dos filhos de Nonato.
Nonato é um homem feliz com o trabalho que faz. “Dentro da floresta, encontro tranqüilidade; meu pai me criou assim, vendendo borracha para comprar alimento. A seringueira é minha mãe”.
Ele coordena o projeto na reserva, distante 40km de Sena Madureira, e é um dos multiplicadores nas reservas e aldeias indígenas. Segundo a coordenadora pedagógica do projeto, Maria Zélia Damasceno, Nonato já está capacitado para ensinar sozinho o que aprendeu.
Na reserva Cazumbá, 17 famílias estão envolvidas no projeto. Enquanto os homens são responsáveis por trazerem o látex da floresta, as oito mulheres ficam por conta da fabricação das peças de artesanato, principalmente, da confecção das pequenas peças.
A coleta do látex é feita em turnos alternados. Cada homem sangra, em média, cem seringueiras por dia. O cuidado com a árvore é uma preocupação de todos, pois eles sabem que, se bem cuidadas, as árvores poderão fornecer matéria-prima por muitos anos.
Tradição com tecnologia - Outro homem que vive feliz no Acre é o indígena kaxinawá Antônio José de Albuquerque, 47 anos, morador da aldeia Nova Olinda, na região de Tarauacá, no município de Feijó.Antes de conhecer o projeto, trabalhava com a borracha bruta. Vendia tudo o que coletava na floresta para usineiros das redondezas por uma pechincha. Com o dinheiro que obtinha, mal conseguia comprar o sal de sua comida.
Zé, como é chamado pelos brancos, ou Kup?, como batizado pelos homens de sua aldeia, conhece sua cultura e a utiliza para desenhar nas peças motivos indígenas. “Os desenhos que faço surgem na minha cabeça naturalmente”, explica. Para ele, a criação das peças emborrachadas tem ensinando seu povo a negociar e a buscar recursos para suprir as necessidades da comunidade. “Todo esse avanço se deve aos ensinamentos dos professores Samonek e Zélia, que estão deixando nosso povo preparado para caminhar sozinhos. Eles conseguiram colocar tecnologia em nossa antiga técnica de fazer borracha”.
“A borracha bruta perdeu o valor e nós estávamos vivendo precariamente do que a mata oferecia”, conta Zé, também um dos coordenadores e multiplicadores do projeto. Ele diz que depois que a comunidade se envolveu no projeto, seu povo tem permanecido nas aldeias.
Multiplicação da borracha - A Aldeia Nova Olinda tem 167 indígenas, dos quais 15 já trabalham no projeto. São homens, mulheres e jovens de todas as idades. As tarefas são divididas de acordo com a habilidade de cada um, explica Zé. Na produção, além dele, trabalham a esposa e os filhos mais velhos. Zé também é o responsável pela coleta do látex para produção das peças.
Maria Zélia afirma que o mais importante é deixar a criatividade de cada pessoa, seja seringueiro ou indígena, fluir. “A criação é deles; nós, da Pólo de Proteção da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais (Poloprobio), fornecemos apenas materiais, como baldes, tecidos, camisetas, agulhas e linhas”, esclarece.Parte dos trabalhos feitos por seringueiros e indígenas está exposta na Casa do Artesão em Rio Branco. Outra parcela é vendida em feiras e exposições em todo país.
Hoje, cada comunidade recebe por volta de R$ 2 mil com a venda dos produtos. Somente para efeito de comparação, antes do início do projeto, a borracha bruta era vendida por R$ 0,82 o quilo. Hoje, essa mesma quantidade, transformada em artesanato, atinge R$ 100, valor 121 vezes maior.
Ampliação da rede - O projeto Encauchados de Vegetais da Amazônia começou nas terras indígenas Kaxinawá e Shanenawa, no município de Feijó, e na reserva extrativista do Cazumbá Iracema, em Sena Madureira, no Acre, em 2005. Envolve, aproximadamente, 11 aldeias indígenas e oito comunidades seringueiras.
Em cada comunidade ou aldeia, unidades produtivas, coletivas ou familiares, são criadas pelo Poloprobio. Cada unidade coletiva envolve cerca de 30 pessoas e as familiares, cinco pessoas. Atualmente, são mais de 500 pessoas, entre pesquisadores, técnicos, indígenas e seringueiros, espalhados por 29 unidades de beneficiamento da borracha, nos estados do Acre, Amazonas, Pará e Rondônia.
O projeto conta com parcerias do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Programa Biodiversidade Brasil/Itália e do Banco da Amazônia (Basa), que apostam na capacidade dessas famílias.


Fonte: Fundação Banco do Brasil.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

MÃE ÁRVORE

Houve árvores inesquecíveis
A vida passa, mas elas ficam
Infelizmente algumas apenas na memória

Ah, as árvores…

O que seria de minha infância sem as árvores?
A caramboleira do quintal da minha avó
Que caramboleira!
Grande, mas pequena
Como uma pequena mulher fofinha
Seus galhos finos a tornam esbelta quando vista por dentro,
Onde cabiam todos os meus sonhos
Lugares cativos meu e de meu irmão nos acolhiam
Quantas carambolas eu comi
Agora ela faz parte do meu corpo
E de minhas lembranças…
Minha infância já se foi,
Mas ela está lá

Teve melhor destino que a goiabeira
Que no meu quintal deu lugar à piscina
Mas em minha memória ela ocupa
Os principais arquivos de tempos idos
Era minha casa dentro do quintal de minha casa
O meu universo quando minhas preocupações
Eram apenas comer meu lanche longe da mesa e do chão
Quantas proteínas ela me ofereceu
Através dos bichinhos dos caroços brancos de seus frutos
Hoje deito ao sol ao lado da piscina no vazio que ela deixou

Que saudade…

Saudade igual à que sinto pela minha “cabeluda”
Ah, que frutinha gostosa
Amarela como o sol
Redonda como as bolas de gude
Que eu tirava dos “triângulos” de giz no cimento
Seus galhos frágeis não me agüentavam
Mas nada mais eu pedia
Que suas frutinhas de grandes caroços doces
Teve o mesmo destino que a goiabeira
Eram duas irmãs…
E hoje seu doce vive apenas na lembrança de meu paladar

Abacateiro que brincava de esconder
E guardava seus frutos em cima do telhado

Jameleiro que era artista
E pintava todo o chão com seu lindo violeta dos frutos

Todas vivem apenas na lembrança
Apenas na lembrança…

Existem outras,
Como o cajueiro da casa de praia
Se fazia de difícil,
Mas subíamos e pescávamos seus frutos nos mais altos galhos
Este embora vivo também vive na lembrança
Pois como um parente distante muito pouco o visito

Que saudade, árvore da frente da minha casa
Lindas suas flores brancas, suas enormes folhas
E seus frágeis galhos que se quebravam nos jogando ao chão
E sua seiva, que pingava como lágrimas de leite

Leite que brotava como nos seios das mães
Que vivem apenas na lembrança quente
De quando as árvores nos pegavam no colo,
Como mamãe também fazia.

fonte:www.diariodoprofessor.com

Operação do Ibama na Amazônia faz uma das maiores apreensões de toras de madeira do País

Gerusa Barbosa

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou no dia 23 de Outubro, de blitz ecológica na floresta amazônica, a cerca de 200 km ao leste do município de Altamira, no Pará. Na operação foram apreendidos cerca de 50 mil m3 de toras de madeira - o equivalente a 2.500 caminhões lotados do material.
Promovida por cerca de 30 agentes do Ibama, da Aeronáutica, da Polícia Federal e da Polícia Militar do Pará, com o apoio de carros e helicópteros, a operação resultou em uma das maiores apreensões de toras de madeira da história do País.
Tendo ao lado o presidente do Incra, Rolf Hackbart, e do secretário estadual de Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega, Minc fez questão de, do alto de grandes toras de madeira apreendidas, assinar dois termos de doação de 6 mil m3 de madeira para o governo do estado do Pará, para o Ministério de Desenvolvimento Social e para o Serviço Florestal Brasileiro, órgão do MMA.
A outra parte será leiloada posteriormente como estabelece o recente decreto federal que regulou a Lei de Crimes Ambientais. Valmir Ortega afirmou que cada tora apreendida deve ser leiloada por cerca de R$ 500,00. O ministro Minc enfatizou que os recursos arrecadados serão usados para a compra de veículos e outros materiais de fiscalização e, também, para reforçar a oferta de empregos e empreendimentos sustentáveis como as atividades extrativistas e a implantação de planos de manejo em unidades de conservação.
Minc enfatizou o caráter didático de estar ali, como ministro, para publicamente assinar os termos de doação de parte do material apreendido. ?Queremos deixar claro que os criminosos não vão enriquecer com produtos do crime ambiental?, garantiu.
Na região visitada pela equipe governamental na gleba Tuerê, no município de Portel, que contou com a participação de jornalistas, foram apreendidos apenas nos últimos dias 6 mil m3 de madeira. No local onde aterrissaram os helicópteros da comitiva horas antes havia sido fechada uma serraria ilegal com a apreensão de dezenas de toras de madeiras nobres como ipê, jatobá e maçaranduba e algumas máquinas de corte. Os criminosos, porém, conseguiram fugir evitando o flagrante. A região é uma mistura de terras públicas da União e do governo do Pará com várias invasões de grileiros.
Ao lado do presidente do Incra, Minc destacou a parceria estabelecida com o Ministério do Desenvolvimento Agrário para a promoção na Amazônia de uma reforma agrária ?ecológica? que dê sustentabilidade aos assentados com a preservação da floresta.
Ao reunir representantes dos governos federal e estadual na região, Minc assinalou: temos que nos unir para combater o crime ambiental.
No sobrevôo de helicóptero até a região que foi palco da operação nos últimos dias foram flagradas inúmeras áreas de desmatamento e queimadas e a presença de gado em unidades de conservação.
Segundo o ministro, essas áreas deverão ser palco das próximas ações de repressão aos crimes ambientais na Amazônia.

Fonte: Imprensa MMA.

Pesquisar este blog