quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

OLÉO DE COZINHA

O óleo de cozinha saturado é um dos grandes vilões da preservação do Meio Ambiente

O óleo de cozinha utilizado em frituras nos lares brasileiros, lanchonetes, restaurantes, etc...não

pode ser despejado na pia ou descartado junto com o lixo comum, por ser altamente poluidor , causando uma maior liberação de gases de efeito estufa, contribuindo, ainda mais, para o aquecimento do Planeta.

O óleo comestível, o automotivo e o industrial são altamente prejudiciais ao meio ambiente.
O problema do descarte errado gera um enorme prejuízo, começando com o entupimento dos canos, que é sentido em nossos próprios lares.

Quando o óleo é jogado na pia e cai na rede de esgoto de nossas casas, boa parte fica grudado nas paredes do esgoto e absorvem outras substâncias, o quê reduz o diâmetro das tubulações, gerando o aumento da pressão e conseqüentes vazamentos, provocando o completo entupimento do sistema. O quê flui é lançado automaticamente para a rede sanitária das cidades... que se não contar com um tratamento adequado é espalhado pela superfície dos rios e das represas, danificando a fauna aquática e acabando com o ecossistema. As atuais estações de tratamento não estão preparadas para receber milhões de litros de óleo comestível despejados pela população.

Se o óleo é jogado em terrenos baldios, diretamente no solo, ocorrerá uma impermeabilização que contribuirá com as enchentes, e no seu processo de decomposição lançará uma quantidade excessiva de metano, agravando ainda mais o efeito estufa e, também, emitirá um odor insuportável.

E se for enterrado, nos lixões, juntamente com os resíduos sólidos em sacos plásticos, poderá contaminar os lençóis freáticos, sendo esta a pior conseqüência para o meio ambiente, pois um litro de óleo contamina um milhão de litros de água...

Mas o quê fazer com o óleo já utilizado?

Dicas:

* Dê à ele um descarte adequado.Recicle-o. Os óleos que são reciclados podem fazer parte do processo de fabricação de ração animal, cosméticos, produtos de limpeza( como detergente), massa de vidro, glicerina, tintas, biodiesel, etc...

* É importante que as pessoas armazenem o óleo adequadamente em garrafas PET e conserve o recipiente devidamente fechado, para que possa ser transformado em matéria prima.

* Também já existem sites onde os compradores de óleo de cozinha usado se cadastram e anunciam seu contato, como o site http://www.quebarato.com.br/... Lá é negociado o valor da compra (que que dependerá da quantidade de litros), local de retirada, se o comprador cede os recipientes para o armazenamento, etc...

* Em São Paulo, o Shopping D ( http://www.shoppingd.com.br/ ), em uma parceria com a SABESP e a ONG Trevo, viabiliza o descarte correto do óleo de cozinha a todos os seus visitantes.

* O Grupo Pão de Açúcar, junto com a Unilever, tem o programa "Estações de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever", onde algumas lojas já recebem as garrafas PET com o óleo de cozinha. A reciclagem é do óleo e também da garrafa PET.Ou...

* Faça sabão domesticamente, mas tome cuidado, pois para seu preparo há a utilização de soda cáustica, por isto tem que se usar luvas e óculos de proteção, além de utensílios de plástico para o manuseio.

Receita
Ingredientes:
* 4 L de óleo comestível usado
* 2 L de água
* 1/2 copo de sabão em pó
* 1 Kg de soda cáustica (NaOH)
* 5 mL de essência aromatizante (facultativo)

Instruções:
* Dissolver o sabão em pó em 1/2 L de água quente
* Dissolver a soda cáustica em 1 e ½ L de água quente
* Adicionar lentamente as duas soluções ao óleo
* Mexer por 20 minutos
* Adicionar a essência aromatizante
* Despejar em formas
* Desenformar no dia seguinte

O QUÊ JÁ TEM SIDO FEITO...

* Um projeto dos nossos universitários da USP, com a pesquisa sobre a produção de biocombustível a partir do óleo de cozinha, ganhou o prêmio concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente (PNUMA) em parceria com a Bayer -“Jovens Embaixadores Ambientais 2007”..

* Também várias escolas já desenvolvem ações, como por exemplo, em Santos, onde o objetivo do Projeto “DE OLHO NO ÓLEO” é disseminar a importância da preservação da natureza para o futuro do Planeta e conquistar os alunos como aliados na promoção de atitudes ambientalmente afirmativas que devem começar dentro de casa.

* O Projeto leva aos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, através de História em Quadrinhos, o conhecimento sobre a responsabilidade que cada cidadão tem de colaborar com a preservação da natureza. Conscientiza ainda quanto aos prejuízos causados pelo descarte inadequado dos resíduos de óleo de cozinha, ensinando-os sobre o procedimento adequado, passando a escola a ser o ponto de entrega e recolhimento do óleo por eles trazido.

* Como fator de estímulo o Projeto oferece aos alunos participantes um sorteio de uma bicicleta a cada 2.000 litros de óleo recolhidos. Para as escolas que atingirem 10 mil litros de óleo recolhidos a quantia de R$ 100,00 para benfeitorias em suas sedes.

* Quem organiza é uma empresa chamada “Marim Gerenciamento de Resíduos”, que conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Santos, através da Secretaria de Educação, para a implantação do Projeto “DE OLHO NO ÓLEO”.

Interessados podem se informar através do endereço: Av. Coronel Joaquim Montenegro, 531, Ponta da Praia, Santos, telefone: (13) 3273.4438, http://www.marimresiduos.com.br/ ou
contato@marimresiduos.com.br




*Curiosidades

* Em todo o mundo, estima-se que apenas 1% do óleo de cozinha usado (saturado) é reciclado...

* Como já informamos neste texto, cada litro de óleo despejado no esgoto tem capacidade para poluir cerca de um milhão de litros de água. Isto é equivalente à quantidade que uma pessoa consome em aproximadamente 14 anos de vida.

* Não jogar óleo doméstico em fontes de água, na rede de esgoto ou no lixo é um exercício de cidadania, é responsabilidade social...É uma forma de agirmos corretamente para o bem das próximas gerações...

Compartilhe estas informações com seus vizinhos e familiares...a NATUREZA vai agradecer!!!


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010




Para muitas pessoas ano novo é sinônimo de novas resoluções e planos para o ano que está chegando. Aqui no EcoD, nós trazemos dicas diárias de como ajudar o planeta. Mas dessa vez decidimos dar um forcinha a mais para a sua resolução de 2010 e preparamos não três, mas sete R´s para você aplicar no seu dia a dia e contribuir com o planeta.



Todo mundo já conhece o conceito dos 3 R´s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Apesar de bem difundido, o conceito é reproduzido e repensado de diversas formas e muitos outros “R´s” já surgiram por aí.


Nós selecionamos alguns desses conceitos para te inspirar a adotar novos hábitos nesse ano que está começando. Confira:

Repensar


Antes de qualquer coisa, analisa calmamente aquilo que você “acha” que precisa. Você verá que nem tudo é realmente necessário e que é possível cortar do dia a dia algumas coisas que hoje parecem fundamentais.
Esse conceito é a base do consumo sustentável e visa fazer com que o consumidor tenha a certeza de estar adquirindo algo não pelo apelo midiático ou por influencias externas, e sim por necessidade.


Recusar


Se você repensou e viu que não precisava compra ou aceitar algum produto, simplesmente recuse. Pode parecer deselegante em um primeiro momento, mas você verá como essa ação simples pode evitar a geração de muito lixo desnecessário no planeta.
Seja parado no trânsito, quando alguém lhe oferece um folheto que você sabe que não é do seu interesse, ou no caixa, quando o balconista lhe entrega um saco plástico para colocar uns poucos produtos, apenas diga que não quer e, claro, agradeça.


Reduzir


Mas se você realmente precisa daquilo, adquira-o da melhor forma possível, ou seja, reduzindo ao máximo o consumo e restringindo-se ao necessário. Assim, quando for comprar alguma coisa, pense em como reduzir a quantidade de lixo que será gerado com aquilo e evite esbanjamentos.
Se você mora sozinho, por exemplo, não precisa comprar uma quantidade grande de comidas perecíveis, já que as chances de elas ficarem ruins e acabarem no lixo são grandes. Ou ainda se for organizar a festinha de aniversário do seu filho e convidou 50 amiguinhos, para que comprar uma embalagem de talheres com 200 unidades?


Reparar


Você comprou e quebrou? Nada de jogar fora. Antes de apelar para o lixo, veja se não é possível reparar o produto. Muitas vezes um conserto sai mais barato que comprar um produto novo e você evita que mais objetos lotem os lixões e aterros da sua cidade.
E essa regrinha não se aplica apenas a coisas quebradas. Você pode aperfeiçoar alguns equipamentos, como computadores, adicionando novas peças e trocando o que já não está tão bom.


Reutilizar


E se não for possível consertar, tente reutilizar. Um objeto pode ganhar funções totalmente diferentes da original e ainda continuar muito eficiente – tudo isso sem causa agressões ao meio ambiente.
Uma garrafa de refrigerante pode virar um vaso para plantas, um pneu velho pode ser transformado na bóia da piscina e uma latinha de alumínio pode ser seu próximo porta-trecos.


Reciclar


Não deu para reutilizar? Então renda-se à reciclagem. Cada material deve ser condicionado em um coletor específico para ser levado para a reciclagem de acordo com sua natureza. Você pode segregar os materiais em qualquer lugar e levá-los diretamente aos centros de reciclagem ou procurar serviços de coleta que passem pela sua casa ou trabalho.
Lembre-se de seguir as especificações das cores (azul para papel, vermelho para plástico, verde para vidro e amarelo para metal) e procure guardar os objetos limpos e secos nos recipientes.


Reintegrar


Já aquilo que não pode ser reciclado, como restos de alimentos e outros materiais orgânicos, pode ser reintegrado à natureza. Uma composteira orgânica é o melhor instrumento para transformar podas de árvores, cascas de verduras e outros materiais em adubo.


Existem diversos modelos de composteiras e certamente você encontrará uma ideal para sua residência – seja ela uma casa com quintal ou um apartamento. O composto que resultar do processo é um material altamente nutritivo e pode ser utilizado em jardim, hortas e pomares.


Viu só como existem muitos caminhos antes de você jogar algo no lixo? Muitos deles não exigem nenhum esforço, basta fazer uma escolha por uma atitude consciente ou não. Com essas dicas em mente, tente traçar metas para 2010 e comece o ano de forma mais sustentável.

Carta de Repúdio da REBEA sobre Belo Monte

Nós educadores e educadoras ambientais deste país vimos por meio desta nos posicionar e manifestar, enquanto coletivo, com relação ao caso Belo Monte. Com maturidade e responsabilidade, nos posicionamos contrários a construção de Belo Monte. Salientamos que, à medida que a população brasileira seconscientiza em relação à importância da preservação socioambiental, seremos capazes de constituirmo-nos em cidadãos capazes de demandar menos energia e de redução significativa do desperdício. Podemos somar esforços e, conjugada e coletivamente, pensar num futuro sustentável para o Brasil.
A situação ambiental que vivemos vem piorando e se tornando extremamente crítica em vários pontos e setores da sociedade brasileira. A cultura do“progresso” ainda não conseguiu suplantar as desigualdades e a idéia de queo crescimento do país está necessariamente associado a sua destruição social, ambiental e étnica. Nós educadores e educadoras ambientais deste país, almejamos e trabalhamos para uma sociedade constituída em bases sustentáveis, que nos faça ter orgulho da herança e da memória que deixaremos à nossos filhos e netos.
Queremos registrar assombro e consternação diante do tamanho do impactosocial, étnico e ambiental de Belo Monte. O estrago assume proporções cataclismáticas, desnecessárias e estapafúrdias, em um momento onde o mundo pensa em soluções na direção contrária. Há o sincero risco de desestabilizara milenar harmonia do rio Xingu e suas gentes, principalmente os povos indígenas que ali aprenderam a respeitar a Terra e a viver com ela e não contra ela, como estamos fazendo com este péssimo exemplo.
Alertas contra a obra vem, no entanto, de diversos setores aos quais nos alinhamos neste momento. Entre eles estão cientistas, institutos de pesquisa e movimentos ambientalistas, indigenistas e sociais. Muitos questionam o empreendimento do ponto de vista de seus custos e benefícios e perguntam: Aquem se remetem os custos? E a quem se remetem os benefícios? .
Enquanto isso, parece que há um certo comodismo conformista por parte da sociedade brasileira. Talvez estejamos paralisados, inertes, esperando poralgo que virá impávido e infalível como Muhammed Ali. Mas alertamos, não virá. Estamos diante de nosso destino e o devemos assumir com nossas mãos, corações e mentes.
Não há limites para os desastres da ganância embutida no desenvolvimento aqualquer custo. Um desenvolvimento excludente e desigual que não pergunta: desenvolver para quem? E privilegia, muitas vezes, os mais abastados da sociedade brasileira. Por que Belo Monte? Para quem Belo Monte? São perguntas que orbitam a mente dos educadores e educadoras ambientais deste país, personagens-cidadãos da esperança. Profissionais indispensáveis para aconstrução da sociedade sustentável.
Saudações Ecofraternas
REBEA

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