segunda-feira, 25 de agosto de 2008

8º Congresso Internacional sobre Manejo de Fauna





O Acre será a sede do 8º Congresso Internacional sobre Manejo de Fauna Silvestre na Amazônia e América Latina. O evento acontecerá nos dias 01 a 05 de setembro, no auditório da Firb/FAAO, tendo como tema principal o "Manejo e Monitoramento de Fauna Silvestre em Florestas Tropicais".

A realização deste evento no Acre é de suma importância, em decorrência do crescente interesse registrado no Estado sobre aspectos relacionados à utilização da fauna silvestre com fins de subsistência e comercialização, bem como o potencial de uso da fauna silvestre como indicador de qualidade ambiental em áreas de extração de produtos florestais madeireiros e não-madeireiros.Em continuidade aos eventos anteriores, o 8º Congresso Internacional sobre Manejo de Fauna Silvestre na Amazônia e América Latina permitirá aos manejadores, pesquisadores, professores, técnicos, estudantes, e outros profissionais avaliar técnicas, compartilhar conhecimentos e experiências sobre fauna silvestre e pesca, conservação e manejo, biodiversidade, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, entre outros aspectos.

Este Congresso Internacional facilitará, também, o processo de comunicação, contribuindo para uma maior integração entre os conhecimentos gerados e a realidade socioeconômica das populações humanas, principais beneficiárias da fauna silvestre enquanto fonte de alimento e renda.

As inscrições de projetos para o 8º Cimfauna serão individuais e únicas, podendo ser feitas através do site: http://www.cimfauna.com.br/. Ou no escritório do VIII CIMFAUNA na FAAO.

PROGRAMAÇÃO:


SEGUNDA-FEIRA 01/09

CREDENCIAMENTO

Sessão de abertura do 8º Congresso Internacional sobre Manejo de Fauna Silvestre na Amazônia e América Latina - 8º Cimfauna


TERÇA-FEIRA 02/09

Mini-cursos

MESA REDONDA 1 e Apresentações Orais

MANEJO DE QUELÔNIOS E JACARÉS - manejo de caimanes en VenezuelaÁlvaro Velasco, Latin América and the Caribbean Crocodile Specialist Group - IUCNManejo de quelonios en PerúCláudia Véliz, Centro de Datos para la Conservación Universidade Nacional Agrária La Molina.

Manejo de quelônios no Brasil Juarez Carlos Brito Pezzuti, Universidade Federal do Pará - UFPAManejo de jacarés no Brasil George Henrique Rebêlo, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

MESA REDONDA 2 e Apresentações Orais

MANEJO DE PEIXES - Manejo de Peces Ornamentales NativosGuido Miranda Chumacero, Wildlife Conservation Society - WCS-BoliviaManejo de PirarucuMarcelo Crossa, Consultor na área de ecologia aquáticaManejo de Pesca na Amazônia BrasileiraRenato Azevedo Matias Silvano, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGSCONFERÊNCIA IMPLEMENTAÇÃO E MONITORAMENTO DE PLANOS DE MANEJO DE FAUNA SILVESTRE NO PERU Pablo Puertas, Wildlife Conservation Society.

Programação Cultural.


QUARTA-FEIRA 03/09

Mini-cursos

MESA REDONDA 3 e Apresentações Orais

CRIAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES EM CATIVEIRO COM FINS CONSERVACIONISTAS - Criação de répteis e anfíbios em cativeiro para conservaçãoAntônio Pacaya Ihuaraqui, Centro para la Conservación y el Manejo de Anfibios y Reptiles Centro - RAN/IBAMA Criação de primatas em cativeiro para conservaçãoCristina Saddy Martins, Instituto de Pesquisas Ecológicas - IPÊProgramas de crianza en cautiveiro y de reintroducción de pava aliblanca (Penelope albipennis) en PerúFernando Angulo Pratolongo, Asociacion Cracidae PeruCrianza en cautiveiro para la conservación de los mamíferos en EcuadorMedardo Tapia Román, Centro Fátima - Zanja Arajuno.

Mesa Redonda 4 e Apresentações Orais

CRIAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES EM CATIVEIRO COM FINS COMERCIAIS - Criação de abelhas indígenas sem ferrão com fins comerciais: potencialidades e restrições. Giorgio Cristino Venturieri, Embrapa Amazônia Oriental- Comercialización y produción de nandú (fortalezas, oportunidades, debilidades y amenazas). Joaquín Luis Navarro, Centro de Zoología Aplicada Universidad Nacional de Cordoba- Criação de psicitacídeos com fins comerciais: potencialidades e restrições Luiz Roberto Francisco, ZOOTEC - Empresa de Consultoria Ambiental- Crianza comercial de majaz y sajino en la Amazonía Peruana (fortalezas, oportunidades, debilidades y amenazas)Martha Rengifo Pinedo, Centro Piloto de Zoocría de Fauna Silvestre para La Amazonía Peruana - Universidad Nacional de la Amazonía Peruana.

CONFERÊNCIA CRIAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES EM CATIVEIRO - UMA ALTERNATIVA À CRESCENTE PRESSÃO DE CAÇA E DESMATAMENTO NAS FLORESTAS TROPICAIS. Selene Siqueira da Cunha Nogueira, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC

Programação Cultural.


QUINTA-FEIRA 04/09

Mini-cursos

PAINÉIS

MESA REDONDA 5 e Apresentações Orais

MONITORAMENTO DE ANIMAIS SILVESTRES - Monitoreo de la fauna nativa en la región Tropical AndinaErwin Palácios, Conservacion Internacional CI.- Monitoreo de aves y mamiferos terrestres en la Amazonía EcuatorianaJaime Francisco Guerra, Estación de Biodiversidad Tiputini Universidad San Francisco de Quito - Monitoramento de fauna em áreas de exploração de BauxitaUlisses Galatti, Museu Paraense Emílio Goeldi- Monitoramento de animais silvestres: a experiência do PPBIO Willian Magnusson, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPACONFERÊNCIA A EXPERIÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE CONSERVAÇÃO E MANEJO DA FAUNA SILVESTRE (ALCOM) Bibiana Gómez Valencia, Asociación Latinoamericana de Conservación y Manejo de Vida Silvestre - ALCOM

Programação Cultural.


SEXTA-FEIRA 05/09

Mini-cursos

MESA REDONDA 6 e Apresentações Orais.

MANEJO COMUNITÁRIO DE ANIMAIS SILVESTRESManejo Comunitário de Mamíferos: a experiência com Índios Parakanã. Cláudio Emídio Silva, Doutorando da Universidade Federal do Pará - UFPA/Museu Paraense Emílio Goeldi + um representante da comunidade Parakanã. Manejo de lagarto (Caiman yacare) Wendy R. Towsend, The Field Museum y Sr. Alcides Ojopi representante Indígena Baures. Metodologia PESAEduardo Amaral Borges (Cazuza) ONG Pesacre e Sr. José Francisco Pinheiro da Costa representante da comunidade São Salvador Investigación participativa para complementar los métodos académicos con el conocimiento Cofán sobre la distribución de la fauna silvestre de Zábalo, Reserva de Producción Faunística Cuyabeno Carlos Urgilés, Instituto para la Conservación y Capacitación Ambiental (ICCA) y Sr. Anibal Crioulo de la Comunidad Cofán de Zábalo.

MESA REDONDA 7 e Apresentações Orais

GENÉTICA E CONSERVAÇÃO - Genética y Conservación de Grandes Carnivoros Neotropicais en Colômbia Dr. Manuel Ruiz-Garcia, Pontificia Unversidad Javeriana - Genética e conservação de primatas Horácio Schneider - Universidade Federal do Pará - UFPA - La utilización de la genómica comparativa en el estudio de la vida silvestre sud americana. Warren Johnson, Laboratory of Genomic Diversity National Cancer Institute NCI

MESA REDONDA 8 e Apresentações Orais

DOENÇAS TRANSMITIDAS PELA FAUNA SILVESTRE - Doenças Transmitidas por Animais Silvestres: Os Estudos Realizados pela Fiocruz na Floresta Estadual do Antimary, Acre Arlindo Serpa, Fundação Oswaldo Cruz - Transmisión de Enfermedades entre la Fauna Salvaje y la Doméstica Christine Fiorello, VCA Aurora Animal Referral - Enfermedades de la Fauna Salvaje de Interés Actual en los Países de América Latina Luis Samartino, Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria - INTA - Patologia de Primatas Mantidos em Cativeiro Alcides Pissinatti, Centro de Primatologia do Rio de Janeiro.

CONFERÊNCIA FAUNA SILVESTRE COMO INDICADOR DE QUALIDADE AMBIENTAL EM ÁREAS SOB MANEJO FLORESTAL Cláudia de Barros e Azevedo Ramos, Serviço Florestal Brasileiro - SFB.

SESSÃO DE ENCERRAMENTO E HOMENAGENS.


EVENTOS SIMULTÂNEOS

Oficina - IMPACTO DO MANEJO FLORESTAL SOBRE A FAUNA

Encontro - V ENCONTRO DE MANEJADORES DE FAUNA SILVESTRE DO ACRE.


MINI-CURSOS

Conservação e Criação de quelônios amazônicos, Daniely Félix , Doutoranda UFRJ e Valmir Ribeiro, Empresário.

1. Acesso ao conhecimento tradicional associado aos recursos faunísticos, Rosa Miriam, Embrapa Sede

2. Técnicas de monitoramento de mamíferos silvestres, Armando Calouro, Universidade Federal do Acre - UFAC

3. Criação de animais silvestres em cativeiro - a experiência do Programa Caboclinho da Mata, Vânia Ribeiro, Universidade Federal do Acre - UFAC

4. Criação racional de abelhas indígenas sem ferrão, Giorgio Venturieri, Embrapa Amazônia Oriental

5. Métodos em Manejo de anfíbios e répteis, Reginaldo Machado, Universidade Federal do Acre - UFAC

6. Práticas de educação ambiental para escolas, parques, praças e zoológicos, Mário Borges da Rocha, Zoológico de São Paulo

7. Ecologia e métodos de amostragem de répteis squamata, Paulo Bernardo, Universidade Federal do Acre - UFAC

8. Criação de peixes, Júlio Rezende, IBAMA - Acre

9. Doenças transmitidas por animais silvestres, Milton Thiago Mello, Instituto Milton Thiago de Mello - iMTM

10. Aplicação do sistema de Posicionamento Global (GPS) na coleta de dados, Evandro Orfanó, Embrapa - Acre

11. Estimando la ocupacion de especies silvestres por el uso de muestras repetidas de la presencia/ausência, Dan Thornton, Universidade da Florida.


TEMAS PARA PAINÉIS E APRESENTAÇÕES ORAIS

1 - Conservação e manejo ex-situ;

2 - Conservação e manejo in-situ;

3 - Pesquisa biológica aplicada ao manejo;

4- Pesquisa socioeconômica aplicada ao manejo;

5 - Ferramentas e métodos para conservação e o manejo;

6 - Critérios e indicadores para o manejo sustentável de fauna;

7 - Conservação, uso e manejo de fauna por comunidade;

8 - Tráfico de fauna silvestre;

9 - Espécies introduzidas e espécies pragas;

10 - Impactos do Manejo Florestal sobre a Fauna;
11 - Educação, política e legislação.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Organismos federais emitem alerta sobre crimes ambientais

Ofício-circular adverte sobre a proibição do uso de fogo em florestas e outros tipos de vegetação

O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Ibama emitiram ofício-circular alertando para complicações penais a quem pratica queimadas em pastos, florestas e matas. Cópia deste documento foi remetida à Prefeitura de Rio Branco para divulgação no âmbito do Município.
Ele adverte sobre as penalidades previstas para estes tipos de delitos. O primeiro ponto a ser observado trata do Artigo 27, da Lei 4.771/65, que “proíbe o uso de fogo em florestas e demais formas de vegetação”. O segundo faz menção ao Artigo 41, da Lei 9.605/98, que atribui pena de reclusão de dois a quatro anos e de multa, para quem praticar crime de incêndio em floresta ou em mata.Em um trecho do documento, o alerta é o de que “se aliado à queima (...) houver dano à vida, à integridade física e ao patrimônio de outras pessoas, o autor será punido de acordo com o (...) Código Penal, devendo cumprir pena de quatro a oito anos de reclusão, mais multa”.Segundo a circular, assinada pelo procurador da República no Acre, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, pelo superintendente da Polícia Federal, Luiz Cravo Dórea e por Anselmo Alfredo Forneck, superintendente do Ibama no Acre, “destruir ou danificar florestas ou demais formas de vegetação natural gera multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil por hectare ou fração, enquanto que o uso desautorizado de fogo em áreas agropastoris gera multa de R$ 1 mil por hectare ou fração”.Já o delito de desmate, de destruição e de danificação ou exploração de área de reserva legal ocasiona multa de R$ 5 mil por hectare ou fração, ou de R$ 500 por hectare ou fração, quando ocorrer desmate fora da reserva legal, mas sem licença concedida por órgão ambiental competente.Na parte final, o procurador e os dois superintendentes enfatizam que “as queimadas geram poluição do ar e danos graves à saúde humana” e ressaltam que “o objeto do presente ofício será fiscalizado presencialmente e a distância, por meio de satélites que orbitam” sobre as propriedades.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Congresso internacional no Acre

O 8º Congresso Internacional sobre Manejo de Fauna Silvestre na Amazônia e América Latina – CIMFAUNA acontecerá dos dias 01 a 05 de setembro em Rio Branco , Acre, no auditório da FAAO. O evento vai contar com 48 especialistas de renome internacional em animais silvestres.
O objetivo geral é discutir, avaliar e difundir os avanços sobre o manejo e o monitoramento de fauna silvestre, permitindo aos congressistas compartilharem conhecimento e experiências para conservação e manejo.
A realização deste evento no Acre é de suma importância, em decorrência do crescente interesse registrado no Estado sobre aspectos relacionados à utilização da fauna silvestre com fins de subsistência e comercial, bem como o potencial de uso da fauna silvestre como indicador de qualidade ambiental em áreas de extração de produtos florestais madeireiros e não-madeireiros.
Criado em 1992 em Belém, PA, o evento ocorre a cada dois anos, sendo realizado em vários paises da América Latina, entre eles: Peru, Bolívia, Paraguai, Colômbia e pela terceira vez no Brasil.
Durante o evento serão realizadas 04 conferências, 08 mesas redondas com palestras temáticas, 12 mini-cursos, programação cultural com artistas da região e acontecerá simultaneamente a Oficina de Impacto do manejo florestal sobre a fauna.
O congresso irá movimentar em torno de 1,5 milhões de reais entre passagens, hospedagem e gastos gerais, o público esperado é cerca de 500 pessoas.

O Site do Congresso já foi visitado por mais de 8.600 pessoas de 28 paises diferentes, as inscrições estão abertas até o dia 01 de setembro e são feitas pelo site www.cimfauna. com.br.

VALORES DAS INSCRIÇÕES DE OUTROS ESTADOS E PAISES

Estudantes graduação R$ 230,00
Estudante de pós-graduação R$ 330,00
Profissionais R$ 450,00

VALOR ESPECIAL PARA ESTUDANTES DO ACRE

Estudantes de graduação e pós-graduação R$ 200,00 até o dia 30 de agosto na Secretaria do Congresso, localizado na Avenida Antônio da Rocha Viana S/N Horto Florestal.
MINI-CURSOS

Com o apoio do Sistema CFbio e CRBio
R$ 25,00.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Preparatória para o Fórum Nacional das Mulheres Indígenas – 2009

Passado, Presente e Futuro: Mulheres Fortes e Unidas Preparatória para o Fórum Nacional das Mulheres Indígenas – 2009

À primeira impressão, um tímido encontro. Aos poucos foram chegando e já não havia lugar naquela mesa reservada a dez ou doze pessoas na sala de reunião do UNIFEM. Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher. Com papel, caneta, notebooks e os adereços que simbolizam a força de cada etnia, as representantes das diversas organizações indígenas no Brasil chegaram à sede da agência da ONU, em Brasília, para a preparatória do Fórum Nacional de Mulheres Indígenas programado para meados de 2009. Organizadas pela Rede GRUMIN de Mulheres Indígenas, nesse primeiro momento para um debate sobre a realização do Fórum Nacional, as vozes femininas começaram a ecoar. Elas discutiram sobre a inserção da mulher indígena no mercado de trabalho, sobre saúde e educação; sobre a violência e o preconceito sofrido ainda hoje; trouxeram suas próprias experiências e seus exemplos de conquista (a exemplo do movimento pela consciência negra) e compartilharam informações sobre a luta no dia-a-dia das "parentes", dentro das comunidades e na batalha urbana.
Como resultado dessa Preparatória, do Fórum Internacional da Mulher Indígena, abril de 2008/Lima-Peru, da Mesa de Trabalho de Itaipu- RJ/maio de 2008, formou-se a Comissão Executiva para a realização do Fórum, em 05 de agosto de 2008 com representação da Coiab, Inbrapi, Grumin, Conami, Apoinme, Instituto Kaigang, Warã e se consolidou o intercâmbio entre as organizações de mulheres indígenas com a criação do Blog temático e a abertura de um grupo de discussões no sistema yahoo:
http://br.groups.yahoo.com/group/forumnacionaldamulherindigena/
Outro aspecto a ser estudado foram os aportes financeiros para a infraestrutura de qualquer ação em prol das mulheres, sejam elas indígenas ou não. "A questão de gênero não está sendo considerada na prática", observa Eliane Potiguara, organizadora da Preparatória pelo GRUMIN, ao alertar para a necessidade de articulação entre as organizações indígenas no momento de captar recursos junto aos órgãos competentes. Uma das questões mais importantes para o sucesso do Fórum em 2009, segundo Eliane, é o envolvimento integrado das organizações: "como unir esforços, iniciativas, pessoas e como captar recursos em cada região?". Por enquanto, algumas foram apoiadas pelo Unifem, outras vieram por si próprias (sua organização ou seus recursos) e algumas chegaram a Brasília depois de muita estrada, sem nenhum suporte financeiro, como foi o caso da representante do povo Kaingáng, Ângela Kaingáng, que enfrentou mais de 30 horas numa viagem de ônibus, para participar do encontro. "Se não fosse a dificuldade financeira estaríamos muito mais organizadas", afirma Ângela ao fazer um alerta: "Nossa responsabilidade está crescendo a cada dia!".
Segundo Maria Inês Barbosa, do Programa Gênero, Raça, Etnia e Pobreza da UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), que abriu o encontro "Cunhã-Uasu Muacasáua - MULHERES FORTES E UNIDAS" é preciso ter consciência de que o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, fato que se torna ainda mais evidente se for analisado sob a ótica racial e étnica. Especialmente sobre a violência contra a mulher, Maria Inês lembra que na trajetória da herança cultural feminina existem "marcas que devem servir de força e reflexão".
Único homem a participar entre as mulheres, o escritor Cristino do NEARI (Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas) trouxe a boa nova das negociações com a UERJ para a implementação da 1ª Universidade Indígena do país, entre outras ações. Ele reafirma a necessidade de registro e formação de conhecimento para a valorização da luta feminina indígena, o que é confirmado por Silvia Wajãpi, ao evidenciar especialmente a problemática da inserção das crianças indígenas nas escolas urbanas e sua luta por oportunidades equiparadas. Maria Miquelina Tukano e Mirian Terena lembram que a luta não traz benefícios apenas para uma comunidade ou uma representação dos povos indígenas. Aparecida Bezerra e Ceiça Pitaguary trouxeram de suas comunidades exemplos do engajamento político e social de suas comunidades.
A representante do povo Funiô, Maria Aureni, fez um desabafo em seu depoimento: "Minha mãe me criou com a intenção de lutar, com a voz que ela não teve, mas nossa trajetória tem rendido muito choro e muitos calos", conta Aureni. Trazendo a mesma herança de luta, Fernanda Jófei Kaingáng, do Instituto Indígena Brasileiro para a Propriedade Intelectual reverencia, na figura de Ângela Kaigang, o conhecimento de seu povo e, também lamenta o descaso diante da riqueza cultual dos povos indígenas: "eu cresci vendo esse processo e infelizmente não estamos conseguindo enfrentar a situação. Estou ao lado de uma das maiores especialistas em nutrição Kaingáng , enquanto muitas crianças estão morrendo de fome", lamenta Fernanda ao relembrar a necessidade de união das mulheres em prol das futuras gerações. Por isso, no próximo mês de setembro, essas "Mulheres Fortes e Unidas" se encontram, novamente em Brasília, para formalizar e fazer um levantamento do que já tem sido trabalhado para o fórum de 2009. Enquanto isso, a discussão continua online e por telefone.
Acompanhe e participe!
Texto: Ana Inês - Repórter Free
reporterfree@gmail.com
anaines.free@gmail.com
61-8476 3254
Membros da Comissão Executiva Coiab, Inbrapi, Grumin, Conami, Apoinme, Warã e Instituto kaigang
Enquanto não temos o telefone do secretariado, estamos disponibilizando, gentilmente, esse telefone temporário para maiores contatos: (021) 2577-5816 e (021)9335-5551.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

VI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE EDUCOMUNICAÇÃO

Acontece de 28 a 30 de Outubro o VI Simpósio Brasileiro de Educomunicação no SESC Vila Mariana de São Paulo. O encontro terá a participação de educomunicadores de todo Brasil, que discutirão temas atuais de grande relevância social a serem trabalhados nos meios de comunicação e massa, os principais eixos serão: Sociedade Midiática e Meio Ambiente , uma proposta para os comunicadores; A imprensa Brasileira e o Meio Ambiente; Educomunicação Socioambiental; e Consumo Sustentável. Abaixo a programação detalhada do VI Simpósio.
PROGRAMAÇÃO DO VI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE EDUCOMUNICAÇÃO
28 de outubro (terça-feira)
8 h - Recepção dos participantes.
9 h - Abertura Solene.
10h- Conferências:1º- Sociedade Midiática e Meio Ambiente, uma proposta para os comunicadores;2º- A Imprensa Brasileira e o Meio Ambiente.
12h30 - Atividades cênicas e musicais.
14h -17h30 - Atividades simultâneas:Painéis :1 - Meio ambiente, redes e mobilização cidadã;2 - Ética jornalística, conflito de interesses e meio ambiente.Workshops:1º- Os Coletivos Educadores e a educomunicação;2º- Produção de documentários sobre o meio ambiente.Documentários do Canal Futura sobre Meio Ambiente.
29 de outubro (quarta-feira)
9 h – Conferência: Educomunicação Socioambiental
10h30 – Mesa Redonda:Construindo os referenciais para a prática da Educomunicação Socioambiental.12h30 - Atividades cênicas e musicais.
14h - 17h30 - Atividades simultâneas:Painéis :3- O lugar da educomunicação socioambiental no ensino;4- Práticas educomunicativas em meio ambiente.Workshops:3º - Uso da Internet na educomunicação socioambiental com crianças e adolescentes;4º - Produção de documentários do meio ambienteDocumentários do Canal Futura sobre Meio Ambiente.
30 de outubro (quinta-feira)
9h - Conferência: Consumo sustentável.
10h30 - Mesa Redonda: Meio Ambiente, Educomunicação e Responsabilidade Social Corporativa.
12h30 - Atividades cênicas e musicais.
14h -17h30 - Atividades simultâneas:Painéis:5- Meio Ambiente na produção midiática;6- Meio Ambiente, Educomunicação e Responsabilidade Social CorporativaWorkshops:5º - O potencial do rádio-escola na educação socioambiental; 6º- Uso da produção midiática na educação ambiental.
18h - Encerramento e aprovação do documento final.

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