quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Leonardo Boff Comenta Copenhague

O que está em jogo em Copenhague

Leonardo Boff *

Em Copenhague os 192 representantes dos povos vão se confrontar comuma irreversibilidade: a Terra já se aqueceu, em grande, por causa denosso estilo de produzir, de consumir e de tratar a natureza. Só noscabe adaptamo-nos às mudanças e mitigar seus efeitos perversos.O normal seria que a humanidade se pergunta, tal como um médico faz aoseu paciente: por que chegamos a esta situação? Importa considerar ossintomas e identificar a causa. Errôneo seria tratar dos sintomasdeixando a causa intocada continuando a ameaçar a saúde do paciente.

É exatamente o que parece estar ocorrendo em Copenhague. Procuram-semeios para tratar os sintomas, mas não se vai à causa fundamental. Amudança climática com eventos extremos é um sintoma produzido porgases de efeito estufa que tem a digital humana. As soluções sugeridassão: diminuir as porcentagens dos gases, mais altas para os paísesindustrializados; e mais baixas para os em desenvolvimento; criarfundos financeiros para socorrer os países pobres e transferirtecnologias para os retardatários. Tudo isso no quadro de infindáveisdiscussões que emperram os consensos mínimos.

Estas medidas atacam apenas os sintomas. Há que se ir mais fundo, àscausas que produzem tais gases prejudiciais à saúde de todos osviventes e da própria Terra. Copenhague dar-se-ia a ocasião de sefazer com coragem um balanço de nossas práticas em relação com anatureza, com humildade reconhecer nossa responsabilidade e comsabedoria receitar o remédio adequado. Mas, não é isto que estáprevisto. A estratégia dominante é receitar aspirina para quem tem umagrave doença cardíaca ao invés de fazer um transplante.

Tem razão a Carta da Terra quando reza: "Como nunca antes na história,o destino comum nos conclama a buscar um novo começo... Isto requeruma mudança na mente e no coração". É isso mesmo: não bastam remendos;precisamos recomeçar, quer dizer, encontrar uma forma diferente dehabitar a Terra, de produzir e de consumir com uma mente cooperativa eum coração compassivo.

De saída, urge reconhecer: o problema em si não é a Terra, mas nossarelação para com ela. Ela viveu mais de quatro bilhões de anos sem nóse pode continuar tranquilamente sem nós. Nós não podemos viver sem aTerra, sem seus recursos e serviços. Temos que mudar. A alternativaà mudança é aceitar o risco de nossa própria destruição e de umaterrível devastação da biodiversidade.

Qual é a causa? É o sonho de buscar a felicidade que se alcança pelaacumulação de riqueza material e pelo progresso sem fim, usando paraisso a ciência e a técnica com as quais se pode explorar de formailimitada todos os recursos da Terra. Essa felicidade é buscadaindividualmente, entrando em competição uns com os outros, favorecendoassim o egoísmo, a ambição e a falta de solidariedade.

Nesta competição os fracos são vitimas daquilo que Darwin chama deseleção natural. Só os que melhor se adaptam, merecem sobreviver, osdemais são, naturalmente, selecionados e condenados a desaparecer.

Durante séculos predominou este sonho ilusório, fazendo poucos ricosde um lado e muitos pobres do outro à custa de uma espantosadevastação da natureza.

Raramente se colocou a questão: pode uma Terra finita suportar umprojeto infinito? A resposta nos vem sendo dada pela própria Terra.Ela não consegue, sozinha, repor o que se extraiu dela; perdeu seuequilíbrio interno por causa do caos que criamos em sua basefísico-química e pela poluição atmosférica que a fez mudar de estado.A continuar por esse caminho, comprometeremos nosso futuro.

Que se poderia esperar de Copenhague? Apenas essa singela confissão:assim como estamos não podemos continuar. E um simples propósito:Vamos mudar de rumo. Ao invés da competição, a cooperação. Ao invés deprogresso sem fim, a harmonia com os ritmos da Terra. No lugar doindividualismo, a solidariedade generacional. Utopia? Sim, mas umautopia necessária para garantir um porvir.

[Autor de Homem: Satã ou Anjo bom?, Record 2008].

* Teólogo, filósofo e escritor

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Premio Nacional de Melhores Práticas Ambientais na Administração Pública

PREFEITURA DE RIO BRANCO RECEBE PRÊMIO NACIONAL DE MELHORES PRÁTICAS AMBIENTAIS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A premiação aconteceu ontem, 1º, em solenidade realizada na Escola de Magistratura Federal de Brasília durante o IV Fórum Nacional Governamental de Gestão Ambiental na Administração Pública. A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) recebeu premiações em duas categorias distintas: Gestão de Resíduos Sólidos e Consumo Sustentável de Água.

Concorrendo com mais de 80 trabalhos de todo o Brasil, Rio Branco ficou em primeiro lugar na categoria Edificação Sustentável e Consumo Sustentável de Água, "Edificação sustentável e concurso de redação para o uso racional da água" trabalho inscrito pela técnica em Educação Ambiental Andréia Romão da Escola de Educação Ambiental do Horto Florestal (Eahflor).

Rio Branco também recebeu a terceiro lugar na categoria Gestão de Resíduos Sólidos com o trabalho “A Importância do Projeto Catar para a Gestão de Resíduos Sólidos no Município de Rio Branco”, inscrito pela técnica em Educação Ambiental Maria de Fátima Nascimento, também da Eahflor.

O objetivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA) com o concurso é divulgar as melhores iniciativas dos órgãos e entidades do setor público na promoção e na prática da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P). Os vencedores receberam os troféus das mãos do ministro Carlos Minc. A Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental vai publicar as melhores práticas inscritas e incentivar a troca de bons exemplos.

Para criar o Troféu A3P, o designer e arquiteto Gilberto Genesini utilizou os princípios da A3P de reciclar e reutilizar na hora de compor a peça. O troféu foi feito de alumínio reciclado e madeira plástica.


-- Tânia Gomes FaçanhaPrograma de Formação de Educadores Ambientais Populares Escola de Educação Ambiental do Horto Florestal - EAHFLORDepartamento de Gestão de Espaços Públicos e Educação Ambiental - DEGEPEA Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMEIAPrefeitura de Rio Branco - PMRBFone (68) 3228 - 2377 Cel (68) 8416 - 8279

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Agenda 21 - Carta de Ijuí

O 3º Encontro da Rede Brasileira de Agendas 21 Locais – RS, realizado nosdias 5 e 6 de novembro de 2009, em Ijuí, com a participação de cerca de 300pessoas de 35 municípios, tendo como tema Desafios e Novos Rumos da Agenda21 Local, produziu, e seus organizadores a tornam pública, a Carta de Ijuí,constituída dos seguintes termos:
1- A construção das Redes de Agendas 21 é um processo democrático, queenvolve a participação direta dos sujeitos individuais e coletivos, e seorganiza levando-se em conta o espaço constituído pelas Agendas 21 Globais,Nacionais, Estaduais e Locais, as quais se relacionam em formato de redehorizontal internamente e na relação de cada uma delas com as demaisAgendas.
2- Todas as informações sobre a construção de um processo de Agenda 21encontram-se disponíveis no site do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e noendereço eletrônico www.rebal.ning. com <http://www.rebal.ning.com/>.Entretanto, é necessário mais agilidade na atualização e divulgação dessasinformações por parte do MMA.
3- Cada Estado deve se organizar para receber e disponibilizar asinformações da sua rede no site do Ministério do Meio Ambiente e noendereço eletrônico www.rebal.ning. com <http://www.rebal.ning.com/>.
4- É preciso haver a participação do Governo do Estado na implantação daAgenda 21 Estadual.
5- A construção e implementação das Agendas 21 supõem a imprescindívelparticipação do Estado, de seus recursos, suas instituições e seus técnicos.O diálogo das Agendas 21 com o Estado deve ser permanente e, sobretudo,construir propostas de desenvolvimento sustentável concretizadas através depolíticas de Estado.
6- A Rede de Agendas 21 poderá solicitar aos Ministérios do MeioAmbiente, Educação e Desenvolvimento Social e Combate à Fome, bem como aosgovernos estaduais e municipais, que disponibilizem recursos para arealização de projetos de caráter didático-pedagó gico-sócioambiental.
7- A Rede de Agendas 21 poderá solicitar aos Ministérios do MeioAmbiente, Educação e Desenvolvimento Social e Combate à Fome, bem como aosgovernos estaduais e municipais, que disponibilizem recursos para arealização de projetos de construção de cisternas nas escolas.
8- O Ministério do Meio Ambiente precisa estabelecer um processoqualificado de divulgação das Agendas 21 Locais em veículos de comunicaçãode massa.
9- O Ministério do Meio Ambiente deve viabilizar meios para que a Redede Agendas 21 forneça cursos de capacitação e atualização ao maior númeropossível de agentes 21 para implementação dos seus processos.
10- Os governos são parceiros estratégicos na construção de processos deAgenda 21 Local. Assim, deve-se garantir a sua inserção nos planos degoverno, através de lei municipal.
11- A construção dos Planos Municipais de Saneamento deverá ser realizadapor várias instituições, inclusive com a participação do Fórum da Agenda 21,e deverá garantir a percepção de sustentabilidade.
12- As experiências de construção das Redes de Agendas 21 têm evidenciadoaspectos importantes, como:
a) a Agenda 21, qualquer que seja seu âmbito espacial, nunca estáfechada à participação de novos sujeitos, nem à formulação de temas epropostas de ação; seu caráter é dinâmico e aberto;
b) a Agenda 21 Local, uma vez constituída, pode desdobrar-se paracontemplar instituições específicas, tais como: Agenda 21 jovem, escola,empresarial; ou para atender comunidades que têm suas vidas organizadas eafetadas, por exemplo, pelas águas de um rio, bacia hidrográfica, represas,ou que são comunidades ribeirinhas de distintos países para as quais o rio éfronteira; uma Agenda 21 Local pode, portanto, construir-se com aparticipação de habitantes de dois ou mais países, sem que as fronteiraspolíticas sejam empecilhos para isso;
c) a unidade interna da Rede de Agendas 21 é, qualquer que seja seuespaço ou composição de distintos sujeitos, a comum consciência depertencimento a espécie humana; o habitar um planeta comum, partilhado comas demais espécies, onde todos dependem dos grandes bens como água, ar,minérios, etc.; revela-se, deste modo, pela vivência prática, o princípio daigualdade que governa o planeta.
13- A cidade de Campo Mourão no Estado do Paraná construiu sua Agenda Local21 em correspondência e simultaneamente com o Plano Diretor e elabora agoraseu plano sustentável de desenvolvimento. A Experiência é importante, poisaponta para uma possível solução de alguns impasses no processo deconsolidação da Agenda 21 Local no Rio Grande do Sul:
- permite unificar todos os segmentos que desenvolvem ações eprogramas de desenvolvimento sustentável com pouco ou nenhum diálogo entresi;
- permite dar organicidade e solidez social às propostas gerais dedesenvolvimento local;
- permite a melhor alocação de recursos públicos e privados;
- executa em profundidade a participação democrática.
14- As Agendas 21, por sua concepção e filosofia, não excluem aparticipação e a parceria com nenhum sujeito social. Entretanto, as Agendasnão poderão submeter-se, nem ser o veículo de realização de projetos eagendas que contradigam as concepções e as práticas do desenvolvimentosustentável.
15- Programas governamentais devem ser consultados como ferramentas para asmudanças propostas pela Agenda 21 na agricultura familiar.
16- A Agenda 21 Escolar (Com-vida) é base fundamental para a Agenda 21Local, portanto, devem trabalhar articuladas.
17- Os Encontros precisam servir para estruturação da Rede, ampliando aparticipação dos processos no Colegiado Estadual. As respectivas avaliaçõesdeverão ser disponibilizadas para os próximos realizadores.
18- O Colegiado Estadual deve reunir condições para implementar uma rede decomunicação e captação de recursos para o fortalecimento da Rede e processosno Estado.
19- Devemos disponibilizar dados da Rede Gaúcha de Agendas 21 Local junto aoportal do Consórcio Público de saneamento da Bacia Hidrográfica do Rio dosSinos (PRÓ-SINOS), www. portalprosinos. com.br<http://portalprosinos.com.br/>.
20- Para o custeio de ações de Agenda 21 deverão ser tomados todos oscuidados no estabelecimento das parcerias, para que haja coerência emrelação aos objetivos propostos pela Agenda.
Ijuí, 6 de novembro de 2009.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dia do Educador Ambiental

É hora de cuidar do Brasil!
"Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra". O autor desta frase é o educador e um dos personagens centrais na história da educação no Brasil, Anísio Teixeira, que transparece em seu discurso o valor do conhecimento na vida do cidadão.
O processo de formação educacional de cada indivíduo se inicia no seio familiar e segue com seu ingresso na escola, sendo essa a etapa da instrução. Todavia, é um erro dizer que o processo de aprendizagem termina na vida adulta, quando se sai da escola. A educação é, sim, um processo contínuo, para toda a vida, que envolve o desenvolvimento integral de cada um, nas mais diversas áreas. O verdadeiro sentido da educação é o social, cujo fim é aumentar a qualidade de vida de cada pessoa e, num âmbito maior, da sociedade.
A educação ambiental enfatiza o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas do planeta. Sendo o lema "Pensar globalmente, agir localmente", o que configura o esclarecimento obtido após os impactos ambientais, que se evidenciaram a partir da década de 80.
Assim, no Brasil são desenvolvidos programas de educação ambiental afim de promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e habilidades necessárias à preservação e conservação da natureza, além de campanhas e ações. Evidencia-se a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, pela qual foi legitimada a importância dessa atividade.
A educação ambiental é considerada hoje como uma resposta para a sobrevivência da humanidade nas próximas décadas, pois depende da capacidade do ser humano compreender os princípios básicos da meio ambiente e adaptar-se a eles. Por isso, uma nova tendência é esse ramo da educação se tornar uma qualificação essencial para os políticos, líderes empresariais e profissionais de todas as áreas, e ser finalmente considerado um assunto essencial na educação primária, secundária e superior.
Esse é um processo que envolve ideologias, políticas e que traz em si as perspectivas para o futuro, o respeito, um modo de viver sustentável, que necessita de apoio de todos. E como conclui Paulo Freire: "Não se pode falar de educação sem amor".
Uma grande parceria
Os órgãos ligados diretamente à temática ambiental no Acre são a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, o Instituto de Meio Ambiente, Instituto de Terras, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, IBAMA e a Secretaria de Extensão Agro-florestal e Produção Familiar. A grande estratégia para a educação ambiental desenvolvida pelo Governo do Estado do Acre é a integração.
Um bom exemplo é o compartilhamento de um calendário para as ações de cada secretaria. A intenção é que, tendo apenas um foco, seja gerado um fortalecimento das atividades, com um maior envolvimento das organizações, apoio técnico, financeiro e institucional.
O estado também possui a Rede Acreana de Educação Ambiental - RAEA que é um movimento de articulação entre educadores ligados à Educação Ambiental no Estado do Acre. Os membros participam de assembleias, encontros e discussões da RAEA, assim como de sua gestão.

"A rede facilita a comunicação entre os educadores ambientais do estado e destes com a sociedade em geral", comenta o técnico da Sema, Ricardo Souza.

Assim como a aceitação das práticas ecológicas tem crescido, outros parceiros têm dado novas perspectivas para esse movimento. Um exemplo disso é a incorporação dos Jogos Ambientais, um produto de educação ambiental infantil desenvolvido pela Sema e Secretaria de Estado de Educação, que será incluído na grade curricular das escolas de ensino fundamental.

Fizeram-se necessário à elaboração de materiais didáticos e realizadas campanhas de sensibilização, ou seja, os instrumentos para a educação ambiental também têm se aprimorado. Foram desenvolvidos mapas temáticos, cartilhas, a mochila do educador ambiental que foi lançada recentemente, entre outros produtos e publicações. No dia 15, coincidindo com as comemorações ao dia do educador, vai ser publicada a cartilha do Plano Estadual de Recursos Hídricos.

"O Instituto de Meio Ambiente possui uma divisão de educação ambiental que trabalha com a difusão das informações sobre o licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos potencialmente poluidores. O grande desafio é desenvolver uma linguagem acessível ao público, que esclareça termos técnicos e procedimentos necessários para a obtenção do licenciamento", explica o chefe da divisão, João Anibal.

Há atualmente também prêmios ambientais, apoio de financiadoras nacionais e internacionais e vários cursos, pós-graduações e mestrados novos voltados para a inovação educacional e pedagógica na área ambiental.
Educação vem de casa
Vale salientar o trabalho de sensibilização direcionado para os servidores através da Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P, um programa do Ministério do Meio Ambiente que tem o objetivo de evitar o desperdício, reduzir gastos, reutilizar materiais e incentivar a coleta seletiva nos órgãos públicos.

O maior exemplo da A3P no cotidiano público é o uso de canecas, para substituir o consumo de copos descartáveis. Pois é uma necessidade tomar água várias vezes ao dia, mas não é uma necessidade gastar vários copos.

"Trabalhar com o meio ambiente, muda a nossa vida. O jeito de enxergar as coisas, a nossa rotina e jeito de agir", comenta a educadora ambiental Antonieta Mello. E completa a chefe da divisão de gestão de bacias hidrográficas, Marli Ferreira: "Seríamos hipócritas se a gente ensinasse sobre preservação do meio ambiente, e aqui no trabalho não tivéssemos uma atitude condizente. A educação começa em casa!"

Nesse mês, uma atividade que evidenciou essas práticas foi a "Gincana A3P", que aconteceu no Imac, como atividade alusiva ao aniversário do órgão. A instituição foi dividida em equipes e se essas se encarregaram de coletar os materiais recicláveis em suas residências e em órgãos públicos, no sentido de disseminar a idéia e evitar a destinação inadequada de resíduos. Como resultado da Gincana, o IMAC coletou e destinou ao Projeto CATAR (cooperativa de catadores), quase três toneladas de material. Um ganho ambiental considerável que estimulou e despertou o interesse de todos os envolvidos.
Jogos Ambientais: difundindo cultura e valorizando a Amazônia
Os Jogos Ambientais foram idealizados com a finalidade de levar cultura e história do estado e da Amazônia, aliados a conscientização quanto a questões socioambientais. É um instrumento lúdico que atrai principalmente as crianças, mas também é estimula a curiosidade dos adultos.

A coletânea compreende 11 jogos, sendo eles um jogo da memória, jogos de perguntas e respostas, quebra-cabeças e jogos de tabuleiro. Os jogos auxiliam no processo educativo da criança, já que estimulam o raciocínio, linguagem, cooperação e melhor assimilação da realidade.
"Os jogos ambientais são uma estratégia inovadora para a difusão ambiental. Todos os trabalhos que fizemos tivemos sucesso com o público infantil, porque eles assimilam o conteúdo de forma mais rápida, ao mesmo em tempo que se envolvem com a diversão", afirma a coordenadora da Divisão de Difusão Ambiental da Sema, Daniela Carioca.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Prefeitura de Rio Branco é destaque no I Congresso Paraibano de Gestão de “Lixo”

A experiência de Rio Branco na gestão de resíduos e Aterro Sanitário com base na nova Unidade de Tratamento de Resíduos – UTRE foi tema da conferência de encerramento do I Congresso Paraibano de Gestão de “Lixo”, nos dias 23, 24 e 25 de Setembro, promovido pela Universidade Estadual da Paraíba em Campina Grande.

O Secretário de Meio Ambiente Arthur Leite representou a prefeitura de Rio Branco e proferiu a palestra na conferencia de encerramento do Congresso. O interesse do nordeste em conhecer a experiência do norte é resultado de dois trabalhos publicados pela equipe do Programa de Formação de Educadores Ambientais da SEMEIA no I Congresso Brasileiro de Educação Ambiental realizado em Junho de 2009 também na Paraíba, que viabilizou a articulação para este intercambio de experiências.

Além de apresentar as experiências de Rio Branco no que diz respeito à gestão de resíduos, o Secretário Arthur Leite participou das visitas técnicas durante congresso dentre elas a mais impressionante foi à visita ao lixão da cidade, onde existem cerca de 400 catadores morando dentro dele. Também conheceu o trabalho que é realizado pela Universidade Estadual da Paraíba junto aos catadores de Campina Grande.

Segundo o Secretário Arthur, Rio Branco hoje é exemplo em gestão de resíduos para todo país, tanto no que se refere à destinação como na organização e apoio os catadores de materiais recicláveis. A inauguração da nova UTRE representa um grande avanço para município mitigando as problemáticas ambientais geradas com a má destinação de lixo e resíduos.

Foi também apresentado no I Congresso Paraibano de Gestão de “Lixo” o artigo elaborado a partir de alguns dos resultados do Projeto de Formação de Educadores Ambientais - Coletivo Educador Samaúma da Prefeitura de Rio Branco, intitulado “As Contribuições do Módulo de Resíduos Sólidos nos Municípios da Regional do Baixo Acre”, elaborado pelos Biólogos Luciano Negreiros e Márcia Denicol e a Socióloga Tânia Façanha, todos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Em Busca de Soluções Sustentáveis

O I Congresso Paraibano de Gestão do “Lixo” promovido pela Universidade Estadual da Paraíba teve como objetivo despertar nos vários setores da sociedade um sentimento de responsabilidade sustentável na gestão dos resíduos, buscando através do debate contribuir na discusão dessa problemática e buscar soluções sustentáveis, que deverão ser apresentadas em conjunto com outros segmentos sociais. Por esta razão, o I Congresso Paraibano de Gestão do “Lixo”:

Segundo dados recentes do IBGE, a Paraíba ocupa o último lugar no ranking de coleta seletiva no Brasil, tornando vital a nossa preocupação em discutir e encontrar ações concretas e eficazes no processo de seleção, coleta e destinação dos resíduos produzidos em nosso estado.
A gestão municipal de Rio Branco vem superando grande parte dessa problemática implantando a coleta seletiva e o novo aterro sanitário, que vai ser inaugurado no dia 16 de Outubro e já é modelo para todo país.

Programa de Formação de Educadores Ambientais PopularesEscola de Educação Ambiental do Horto FlorestalDepartamento de Gestão de Espaços Públicos e Educação Ambiental Secretaria Municipal de Meio AmbientePrefeitura de Rio BrancoFone (68) 3228 - 2377

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

IX CIMFAUNA


















Formação de Educadores Ambientais Populares do Coletivo Educador Samaúma

Contribua com a formação de Educadores Ambientais Populares do Coletivo Educador Samaúma – Baixo Acre e Purus

A Semeia iniciou a formação de nova turma de educadores ambientais em Rio Branco através do Programa de Formação de Educadores Ambientais Populares - Coletivo Educador Samaúma, da Escola de Educação Ambiental do Horto Florestal. A formação teve início no dia 21 de setembro e está acontecendo no auditório da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Lazer no Estádio Arena da Floresta no período da manhã e vai atender a demanda das regionais I e VII (2º distrito) do município.

O primeiro módulo de Introdução a Educação Ambiental foi ministrado pela bióloga Irineide Ferraz e a Socióloga Tânia Façanha, ambas da Semeia. O no momento está sendo ofertado o módulo de Legislação Ambiental que acontece nos dias 29-30/09 e 01-02/10, este módulo vai contar com a contribuição da Promotora Dr. Meri Cristina do Ministério Público, o Engenheiro Agrônomo da Semeia Raimundo Nascimento e a fiscal ambiental Edileuza, também da Semeia.

A parte teórica dos módulos pode ter duração de 16 a 20 horas/aula e são disponibilizados por meio de um cardápio de temas, onde os educandos escolhem os módulos que mais interessam e atendam a necessidade da turma, levando em consideração as problemáticas ambientais vividas na sua realidade.

Para ofertar um cardápio rico em conteúdos à equipe do Programa de Formação de Educadores Ambientais está reestruturando o banco de facilitadores junto às instituições e pessoas que já são parceiras do programa e já se disponibilizaram a ministrar módulos em outros núcleos, bem como, buscando identificar novas propostas de temas e pessoas que possam estar se disponibilizando a ministrá-los nesta e nas novas turmas que irão se formar.

Entendemos que a educação ambiental está intimamente ligada a cultura e outros campos da educação sendo, portanto, um tema transversal. Diante disso os módulos a serem oferecidos no cardápio podem ter tanto um enfoque estritamente ambiental como também sociocultural ou, melhor ainda, relacionar o socioambientalcultural.

Segue abaixo os temas que já são disponibilizados para os educadores ambientais em formação, a estes podem ser acrescentados novos temas com o nome da pessoa que poderia aplicar bem como, se alguém se familiarizar com um ou mais temas, dos que já estão listados, pode está se disponibilizando a facilitar enviando o nome e o contato por e-mail.

Uma observação importante: o programa não dispõe de recurso para remunerar facilitadores. Todos os que atuam como facilitadores são parceiros voluntários.

Este é o cardápio que disponibilizamos aos educandos do Coletivo Educador Samaúma, lembrando que a formação teórica consiste na disponibilização de 10 módulos, sendo que, os quatro primeiros são básicos e indispensáveis e os demais são escolhidos pela turma em formação.

Cardápio de módulos
1. Introdução a Educação Ambiental
2. Legislação Ambiental
3. Gestão dos Recursos Hídricos
4. Gestão dos Resíduos Sólidos e Poluição
5. Queimadas Urbanas/Rurais e Alternativas ao Uso do Fogo
6. Jardinagem Comunitária e paisagismo
7. Inclusão Digital e Educação Ambiental (Curso Básico – na EAHFLOR)
8. Organização e Mobilização Comunitária: processos participativos
9. Recursos Naturais
10. Economia Solidária e Meio Ambiente
11. Horticultura Comunitária
12. Educomunicação Ambiental
13. Conhecimento Tradicional dos povos da floresta
14. Mudanças Climáticas e Consumo sustentável
15. Agricultura Orgânica
16. Filosofia e Meio Ambiente
17. Associativismo e cooperativismo
18. Ferramentas de Gestão Territorial
19. Elaboração e Gestão de Projetos
20. Sociedade e meio ambiente
21. Zoneamento Ecológico Econômico
22. Gestão de Unidades de Conservação
23. Mudanças Climáticas e Consumo sustentável
24. Direitos Humanos e Violência
25. Psicologia Ambiental
26. Patrimônio Cultural

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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Jovens do Projeto de Assentamento Nova Bonal fazem curso de empreendedorismo

Jovens passam a ter acesso a técnicas para aprimoramento de produção agroextrativista


Desenvolver o potencial de jovens produtores rurais que vivem no Assentamento Nova Bonal proporcionando-lhes conhecimentos para exercerem suas atividades e difundir tecnologias para a sustentabilidade agroextrativista familiar. Este é o objetivo do Curso de Formação de Jovens Empreendedores Rurais, que iniciou suas atividades no dia 9 de setembro.



O curso é de realização do Governo do Estado, Incra e Embrapa e vai capacitar aproximadamente 40 jovens que estão concluindo ou estão em fase de conclusão do ensino médio.

O Assentamento Nova Bonal concentra um número significativo de produtores familiares, com opções produtivas limitadas e pouco conhecimento técnico. Por isso, a proposta do Curso de Formação para Jovens Empreendedores é levar conhecimento teórico-prático sobre alternativas tecnológicas, voltadas para a agricultura, pecuária e floresta, além de novas idéias para o aprimoramento dos recursos produtivos existentes, pensando especialmente no melhor aproveitamento da seringueira, pupunha e da agroindústria instalada no local.

Com o projeto, vão ser construídos novos arranjos tecnológicos para o fortalecimento das oportunidades de negócios em benefício da comunidade. O curso tem previsão para término no dia 09 de dezembro, quando acontece avaliação dos alunos e sua certificação.


Curso de Educação Ambiental



Entre os módulos da capacitação, está o de Educação Ambiental, que aconteceu nos dias 16 e 17 deste mês. Primeiramente, foram ministradas teorias sobre sustentabilidade e consumo, mudanças climáticas, alternativas ao uso do fogo, Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) e Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal. No segundo dia de curso, os alunos foram a campo para fazer um diagnóstico da situação da comunidade quanto ao lixo e, na oportunidade, foi organizado um mutirão para limpeza e instalação de placas com frases criadas pelos próprios alunos a fim de conscientizar a comunidade do local sobre a importância da correta disposição dos resíduos.


"O grupo de jovens empreendedores capacitado será o elo de difusão e assistência técnica da localidade, permitindo a eles e aos demais assentados melhores condições para diminuir os riscos em seus empreendimentos rurais, como também melhorias socioeconômicas ambientais e de qualidade de vida das famílias que ali residem", afirma o mediador do curso de educação ambiental e técnico da Sema, Ricardo Melo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dia da Árvore: celebrando pelo planeta que desejamos


A conservação do meio ambiente é realidade no Acre
Igor Martins e Miriane Teles, Sismat Assessoria
O dia 21 de setembro marca o início da primavera no hemisfério sul, estação do ano em que a natureza recupera a vida que estava adormecida durante os dias frios de inverno. Apesar de nem todas as regiões do Brasil possuírem as estações específicas, instituiu-se essa data simbólica como data comemorativa ao Dia da Árvore, cerca de 30 anos atrás.



As árvores demonstram sua importância de diversas formas, sendo elas fundamentais na composição do meio ambiente e na manutenção da vida nos ecossistemas, assim como também colaboram na regulação da temperatura do planeta; protegem o solo, nascentes de rios, lagoas e lagos; são fonte de alimentação e moradia, na qual conservam a vida silvestre das matas mais fechadas até o cerrado brasileiro.



A seringueira e a castanheira
são árvores símbolos da Amazônia
Elas adquiriram fins comerciais, pois a madeira é matéria-prima na produção de vários produtos, como móveis, portas, pisos e o papel. Produtos que garantem o conforto e o progresso da cultura moderna. Como também a atividade da agricultura familiar tem mantido várias gerações e ainda hoje 70% dos alimentos das mesas das famílias brasileiras vêm pelo desenvolvimento dessa economia.

Da cultura indígena, os brasileiros herdaram um grande legado: o amor e respeito pelas árvores, como representantes maiores da riqueza natural existente nesse território. O próprio nome do país, "Brasil", vem da árvore que era levada para a Europa com o fim de produzir pigmentos de cores fortes para tingir tecidos, o Pau-Brasil.


As árvores vêm resistindo às mais diversas mudanças climáticas, renovando-se e transformando-se para poderem se adaptar a diferentes situações. Mas ainda são ameaçadas pela ação do homem. Hoje, sabe-se que ao derrubar uma árvore de forma irresponsável, não se tira apenas a vida de um vegetal, mas também diminui a qualidade de vida do homem. Por isso, o mundo desperta para a importância de se optar por um modo de viver sustentável, para que o consumo não prejudique a flora e a fauna.




Biojóias: riquezas de árvores da Amazônia


Adornos feitos com cascas de árvores, frutos secos, sementes e outros elementos extraídos da natureza já eram fabricados e utilizados freqüentemente pelas mulheres das comunidades indígenas. Com a atenção do mundo voltada à sustentabilidade, estas jóias ganharam seu espaço até mesmo em mercado europeu, alcançando elevados preços de venda e caracterizando-se como bom negócio. A estes adereços, dá-se o nome de "biojóias", termo utilizado às jóias que têm como diferencial sua matéria-prima.

Biojoias feiras com sementes de árvores amazônicas (Foto: Arquivo/Secom)


A semente da árvore jarina (Phytelephas microcarpa), por exemplo, é conhecida como marfim vegetal devido a sua dureza e cor branca. Excelente material para a fabricação de biojóias, recentemente ela se tornou uma alternativa eticamente correta para o marfim. Além dela, outros materiais freqüentemente utilizados são o buriti, a semente de açaí e a casca de côco.

A artesã Maria Narazé de Souza trabalha com a confecção e venda de biojóias há quase três anos. Ela afirma que começou com o negócio apenas para complementar a renda familiar e que hoje vive exclusivamente de seu artesanato. "Eu não sabia que ia dar tão certo assim, porque eu pensei que só a gente daqui usava. Mas eu sempre vendo peças para pessoas de Sul do país que vem ao Acre para visitar. Uma dessas compradoras, inclusive, disse que ia dar de presente uma das minhas biojóias para uma amiga que mora na Alemanha", diz.

Se para os artesãos isto se caracteriza como satisfatória fonte de renda, para muitos usuários, estes adornos carregam também um pouco da identidade cultural da região. O estudante Hildemar Lima usa as biojóias porque elas simbolizam, entre outras coisas, o modo de vida sustentável. "Para mim, estas jóias têm a cara da natureza. Eu gosto muito de usá-las, porque é a forma de demonstrar a riqueza da Amazônia e importância em preservá-la".



Lucro Sustentável


Manter a floresta de pé e ainda assim conseguir lucro: isto parecia inviável há alguns anos no estado, mas hoje é uma realidadee. O turismo ecológico é uma prática relativamente recente, mas que vem ganhando força e arrebatando turistas do mundo inteiro.

Um destes exemplos é a criação da Pousada Ecológica do Seringal Cachoeira, no município de Xapuri. Lá, os visitantes têm acesso às tradições da floresta, contato com um incontável número de árvores e animais de diversas espécies e as memórias do modo de vida dos seringais, raiz do desenvolvimento sustentável que resgata a herança de Chico Mendes.

"Sem dúvidas que o Cachoeira resgata e transmite o ar de um seringal. Lá é bonito, confortável, agradável, comida boa, bom atendimento e as trilhas são bem bacanas. E acho que é uma alternativa para turismo bacana, porque o retorno é para a comunidade", conta a fotógrafa Talita Oliveira.

Através do desenvolvimento sustentável e práticas, como o turismo ecológico, é possível garantir o desenvolvimento econômico, conciliado à preservação ambiental.



Políticas Públicas


Vive-se um momento de amadurecimento da consciência ecológica, na qual existe um compromisso com o desenvolvimento e implementação de políticas públicas voltadas para o meio ambiente.


O primeiro passo no desenvolvimento sustentável foi a criação de reservas extrativistas - área onde populações tradicionais fazem o uso responsável dos recursos naturais. As reservas extrativistas são uma conquista advinda da luta dos seringueiros pela sobrevivência na floresta e essa proposta se legitimou a partir da discussão no I Encontro Nacional de Seringueiros, em 1985


Hoje em dia existem mais técnicas e estruturas para a preservação ambiental, como as unidades de conservação, compensação ambiental, manejo florestal, Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação (REDD), assim como novos aparatos jurídicos que complementaram o Código Florestal (1965), que é o caso da lei de crimes ambientais (Lei nº 9.605 de fevereiro de 1998) e a ação dos órgãos competentes para licenciamento, monitoramento e fiscalização. Além de um grande número de organizações não governamentais.



O Acre possui como destaque a Política de Valorização do Ativo Ambiental desenvolvida pelo Governo do Estado. "O principal objetivo é manter o ativo florestal amazônico, ou seja, a árvore em pé. E na medida do possível, recuperar o passivo, que são as áreas degradadas", explica o secretário estadual de meio ambiente, Eufran Amaral. Nesse ano, o desmatamento já chegou a diminuir em 65% em relação ao ano passado



Gameleira, uma árvore de história



Árvore centenária marca história de Rio Branco (Foto: Arquivo/Secom)


A tradição conta que em fins de 1882, exploradores subiam o rio Acre e avistaram uma frondosa gameleira, na margem direita do rio, que lhes chamaram atenção e que os levou a abrir um seringal ali mesmo. E a mesma gameleira ainda se encontra ali, às margens do rio, no Segundo Distrito

Então, iniciaram a construção de barracões e, mais tarde, Maia abriria outro seringal, na margem esquerda do rio, com o nome de seringal Empresa. "Sei que aqui é onde a cidade de Rio Branco começou", afirma o morador do bairro Quinze, Adaildo Neto.

O local foi palco da luta entre revolucionários e tropas bolivianas na Revolução Acreana. Com o fim dos conflitos e a assinatura do Tratado de Petrópolis, o seringal às margens do rio foi elevado à categoria de vila, tornando-se sede do departamento do Alto Acre, e depois, a capital acreana Rio Branco.

A Gameleira, por ser uma referência histórica foi tombada como patrimônio acreano. Em 2002, o Governo do Estado restaurou e construiu sua encosta. E hoje ela é hoje um dos principais pontos turísticos da capital acreana.

Plante uma árvore!


Cumaru, angelim, sucupira, mogno, copaíba, andiroba, cedro, freijó, jacarandá, jatobá, muiratinga, pau d'arco e rica são uma parte da diversidade de espécies de árvores que compõe a floresta amazônica

Existem cerca de 4000 espécies de árvores na Amazônia. Castanheira, seringueira são exemplos de árvores valorizadas comercialmente, que existem em mata firme, além de muitas outras madeiras amazônicas que são exportadas para países como Japão, EUA e Inglaterra.

No capítulo "O Espaço Amazônico: homem e ecologia", do livro A História do Acre, de Carlos Alberto, o autor afirma que as árvores têm função importante na manutenção do equilíbrio ecológico do meio ambiente. Ele evidencia também o papel da folhagem que armazena nutrientes e quando cai no solo, o fertiliza, evitando erosões e perda de sais minerais.

Outro exemplo da função essencial das árvores é ilustrado na atuação dos técnicos do departamento de recursos hídricos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, onde foram escolhidos igarapés para a recuperação de suas matas ciliares. As matas ciliares funcionam como filtros, retendo poluentes e sedimentos que seriam transportados para os cursos d'água, o que afetaria a sua quantidade e a qualidade da água.

No Acre, projetos como "Adote uma árvore" são estratégias utilizadas por organizações sociais e poder público para prática da defesa e preservação do meio ambiente. No Brasil, projetos similares são desenvolvidos dentro da política nacional brasileira de proteção aos recursos naturais. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância de cultivar uma cidade arborizada e de manter a preservação da floresta, onde cada um faça sua parte.

O orgulho de estar na Amazônia e lutar por ela



Viver na floresta, da floresta e com a floresta
Igor Martins e Miriane Teles, Sismat Assessoria

Diversas têm sido as manifestações da natureza em resposta às desenfreadas ações humanas ao meio ambiente. As mudanças bruscas no clima e na temperatura que ganham o foco dos debates e pesquisas em todo o mundo, por exemplo, são alguns dos resultados mais visíveis desses impactos. O cenário de incertezas desperta dúvidas, mas também algumas respostas: algo está errado e a humanidade não está acima da natureza, mas deve ser vista como parte integrante e dependente dela. Em cima disso, instituições públicas e sociedade civil se voltaram para a questão ambiental com mais dedicação e seriedade, para que a velha concepção de que a natureza é um bem com recursos inesgotáveis dê lugar a um modo de vida sustentável.


Poucos lugares no mundo sobreviveram a esse processo de transição, principalmente os locais onde se desenvolveram as primeiras civilizações capitalistas, que captavam recursos primários sem prever as consequências e acabaram por perder boa parte de seus bens naturais. Foi então que o mundo despertou para uma região pouco explorada, onde se encontra a maior região florestal e hidrográfica do mundo: a Amazônia.

Cerca de 60% da Amazônia se encontra em domínio brasileiro e compreendem os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Dentro do país, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre brasileiro. Considerando estes números, é notória a importância da Amazônia para o Brasil

Por ser parte integrante da Amazônia, o Acre, através de seus segmentos políticos e sociais, expressa sua preocupação em preservá-la, com a criação de políticas, programas e projetos que intervenham positivamente na vida das suas comunidades e ao meio ambiente. O estado se propõe aplicar às suas políticas públicas o modo de viver sustentável, que se fundamenta no desenvolvimento social e econômico, de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e o meio ambiente. Isso torna possível a melhoria na qualidade de vida na Amazônia, priorizando a inclusão social, a dignidade humana, sem esquecer os princípios de sustentabilidade.

Fábrica de preservativos Natex: exemplo de
política social e ambiental
(Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Uma das contribuições acreanas à proteção de valores ideológicos da Amazônia é a criação do termo florestania, resultado da junção de floresta com o conceito de cidadania. Ao contrário do que pode parecer, o seu conceito não está diretamente ligado à vida na floresta, com bioma virgem, fechado e pronto para exploração humana. Baseia-se, sim, numa forma de vida tradicional, em equilíbrio com os sistemas da natureza existentes.

As comemorações em alusão ao Dia da Amazônia, comemorado neste 5 de setembro, se estendem por todo este mês nos municípios acreanos. A programação conta com atividades propostas por várias secretarias de Governo: Meio Ambiente, Departamento de Águas e Saneamento, Procuradoria Geral, Ministério Público, Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação, Florestas, Deracre, Fundação de Cultura, Iteracre, Extrativismo e produção familiar; em parceria as prefeituras municipais e órgãos federais, como a Universidade Federal do Acre, Embrapa, MPF, Ibama; além da Organização Não Governamental Pesacre.


Dia 5 de setembro: Dia da Amazônia

Parece irônico o Dia da Amazônia ser em setembro, porque é o período de estiagem e costuma ser a época que mais se realizam queimadas", comenta o técnico do Imac, Elisson Magalhães.

Não em 2009! Este ano tem chuvas em setembro. Foram proibidas as licenças para queimadas. Estão sendo consolidadas alternativas ao fogo. Fortificada a Política de Valorização do Ativo Ambiental, para que cada vez mais seja valorizada a floresta em pé. E isso é comprovado pela queda do desmatamento registrado. Programas de certificação e pagamento por serviços ambientais que incentivam a restauração do meio ambiente.

O Governo fortalece as gestões municipais com o zoneamento ecológico econômico municipal que detalha melhor o estado e suas necessidades. Estão sendo implantados conselhos municipais de meio ambiente para empoderamento da discussão e busca de opções que atendam as particularidades de cada local. Outra prioridade de gestão pública ambiental é a regularização fundiária e diagnósticos que dão estruturas para levar serviços básicos à comunidades como educação, saúde e assistência social.


"Todos os governadores da Amazônia estão integrados e buscam nas suas políticas consolidar alternativas para o desenvolvimento sustentável. Temos feito ações que são referências não só para a Amazônia brasileira, mas para o mundo. Hoje estamos trabalhando uma estratégia para gestão territorial que consegue chegar em cada comunidade, pequenos trabalhadores, índios, seringueiros, grandes produtores, todos trabalham integrados na busca de recuperar áreas degradadas e dar valor a floresta. Temos trabalhado também nas cidades para melhores condições e garantia de produtividade" afirma o Secretario Estadual de Meio Ambiente, Eufran Amaral.


As parcerias fortalecidas pelo Governo do Estado promovem a recuperação de igarapés, nascentes e mata ciliar; e reafirmam o compromisso com a gestão integrada para os resíduos sólidos, a educação ambiental e a formação de agentes ambientais, a preocupação com a Redução na Emissão de Desmatamentos e Degradação (REDD) e o uso de tecnologias para a proteção da natureza com satélite, softwares, GPS e mapeamento


A origem da comemoração em 5 de setembro marca a data em que D.Pedro II criou a Província do Amazonas, em 1850, separando a região da então Província do Pará. "Mas hoje é uma data que significa o que temos, o que somos e a ideologia do que representamos", conceitua o técnico da Sema, Adriano Santos.


O imaginário sobre a Amazônia

"O homem, ali, é ainda um intruso impertinente. Chegou sem ser esperado nem querido - quando a natureza ainda estava arrumando o seu mais vasto e luxuoso salão. E encontrou uma opulenta desordem... Os mesmos rios ainda não se firmaram nos leitos; parecem tatear uma situação de equilíbrio derivando, divagantes, em meandros instáveis, contorcidos sem ‘sacados', cujos istmos a reveses se rompem e se soldam numa desesperadora formação de ilhas e de lagos de seis meses, e até criando formas topográficas novas em que estes dois aspectos se confundem"
Para quem vive da
floresta, esta é a sua casa,
o seu patrimônio
(Foto: Gleilson Miranda/Secom)


Euclides da Cunha por ser um homem estudado, veio em uma campanha diplomática para a Amazônia. Foi nomeado em 1904 como Chefe da Comissão do Alto Purus. Sua missão era fixar os limites da fronteira do Brasil com o Peru. Além desse intuito oficial, o chanceler tinha a expectativa de que através desse cargo fosse produzida uma obra literária que narrasse o contato de Euclides com a ‘selva'. O livro seria intitulado "Um Paraíso Perdido", que foi publicado postumamente, que conta suas impressões e percepções nessa "terra sem história".


Isso retrata um imaginário que existe desde aquela época, como especifica o autor "um olhar estrangeiro" pelos muitos brasileiros que defrontavam o desconhecido. A maioria dos que se deslocaram para a Amazônia em busca de oportunidades de vida pela exploração da floresta, como os seringueiros. E para isso vinham sozinhos e se embrenhavam nessas matas.


E aqui se tornou o local da Mãe da Mata, do Mapinguari, do Curupira e da Caipora. "Aprendi que essas lendas eram inventadas pelos seringueiros, era fruto do medo de viver na floresta, assim como da esperteza para driblar os coronéis de barranco", conta o universitário Tiago Teles.

O Acre era um território, por isso tem é um estado brasileiro recente. Ele foi palco e tema de uma minissérie da TV Globo denominada: Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, onde parte da história e mitos foram representados. E como na vida da personagem Delzuite, conta a jornalista Nívea Carvalho: "Eu tenho uma tia que ela quase foi embora no rio, encantada pelo boto".

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pré Sal


Em tempos de pré-sal…

Da Folha de S.Paulo

Com um ano e dois meses de atraso, o presidente Lula vai anunciar o veto à expansão das plantações numa área de 4,6 milhões de quilômetros quadrados -mais da metade do território nacional- e em regiões que mantenham a vegetação nativa no restante do país. Essas serão as principais medidas do “selo verde” que quer imprimir ao projeto do álcool combustível, escanteado devido à prioridade ao pré-sal.


Em discurso na sede da União Europeia, em Bruxelas, em julho de 2007, Lula afirmou que o biocombustível brasileiro não aumentaria o desmatamento nem avançaria sobre a produção de alimentos. Desde então, esse compromisso ficou limitado às palavras.


Com exceção das nove usinas que operam na Amazônia e na área do entorno do Pantanal mato-grossense, novos empreendimento serão proibidos nessas regiões, segundo a proposta. O projeto estimulará novas plantações de cana em áreas de pastagens degradadas.


A expectativa de governo e produtores é duplicar a área de cerca de 7 milhões de hectares (ou 70 mil quilômetros quadrados) de cultivo até 2017. Objeto de longa e acirrada disputa no governo, as regras do zoneamento da cana correm o risco de serem alteradas no Congresso antes de entrarem em vigor.


Aos ministros, Lula anunciou que não podia comprometer a estratégia do álcool “verde” para atender aos interesses de produtores rurais do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, aliados do ministro Reinhold Stephanes (Agricultura).


Mas, ao optar por um projeto de lei -e não por medida provisória-, Lula abriu caminho para novo “round” entre o agronegócio e os ambientalistas.


O anúncio do zoneamento da cana está confirmado para o dia 17. O evento terá 300 convidados. Integrantes do governo reconhecem no ato comandado por Lula uma resposta à movimentação da pré-candidata ao Planalto Marina Silva (PV).


O compromisso com o biocombustível verde extrapola, porém, o debate político interno. Tem a ver com a imagem internacional e com a possibilidade de barreiras não-tarifárias à venda do álcool no exterior.


Essa preocupação foi exposta em carta a Lula pelo presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank. A carta registra que “percepções errôneas sobre a correlação entre biocombustíveis e desmatamento ainda persistem” e pede a definição breve das regras.

Pré-sal deve financiar energia sustentável

Pré-sal deve financiar energia sustentável
Recursos da camada pré-sal deveriam financiar pesquisa por fontes alternativas e sustentáveis, dizem movimentos sociais e sindical. A revisão do papel da Petrobrás na América Latina também é tema do sexto programa da série especial.


Buscar novas fontes energéticas para preservar o meio ambiente, respeitar as comunidades rurais impactadas pelas atividades de extração do petróleo, além de repensar o papel imperialista que a Petrobras cumpre nos países vizinhos estão entre os temas levantados pela campanha “O petróleo tem que ser nosso”.


A matriz energética baseada na queima de combustíveis fósseis causa um grave impacto no planeta. É o caso das fontes não renováveis, como o petróleo, gás e carvão. Desde 2007, 2,5 mil cientistas de quase 200 países avaliam que, devido à emissão de gás carbônico na atmosfera, a temperatura do planeta terra aumentou em quase um grau. As consequências são graves: até 2030, seriam necessários dois planetas terra para suportar a poluição decorrente da queima, principalmente dos hidrocarbonetos. No atual ritmo de destruição da Amazônia, a temperatura na região pode subir seis graus até 2070.


Por conta disso, na definição do integrante da central Intersindical, Anderson Mancuso, estamos em uma corrida contra o relógio. Para ele, é importante, entre as bandeiras da campanha, o desenvolvimento de fontes energéticas renováveis.


“Porque ela [a bandeira] aumenta o objetivo da luta. Além de assegurar o controle social da produção do petróleo pela população, ela engloba aspectos que envolvem diretamente a continuidade da vida da humanidade no planeta. Isso passa necessariamente pela busca de novas alternativas energéticas limpas e seguras que vão além do petróleo. Nisso entraria outras matrizes, como a eólica e a solar, que até estão sendo boicotadas.”


De acordo com especialistas, o petróleo ainda permanece como a mais importante base energética do planeta, responsável por metade da energia queimada, quadro que deve se estender por mais 30 anos. De olho nas gerações futuras, desde já as organizações sociais defendem que os recursos do petróleo da camada pré-sal sejam investidos em novas matrizes. São exemplos disso a energia solar, a energia que vem dos ventos, dos mares e a energia a partir dos alimentos. Esta última, porém, deve ser gerada em cultivos sob controle dos pequenos agricultores, atendendo à sua necessidade.


Neste sentido, na leitura do integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Joceli Andrioli, o atual modelo de produção de energia deve ser modificado, pois, atualmente, favorece aos interesses privados e não à necessidade do povo. No caso da energia elétrica, no Brasil, 665 grandes empresas consomem 30% da energia produzida.


“O modelo energético está totalmente voltado às formas que destroem o meio ambiente e que garantem uma lógica da exploração do trabalho e das pessoas. A riqueza não é distribuída, fica concentrada nas mãos das empresas privadas e de alguns centros econômicos. Achamos que deve haver uma mudança do modelo social. Na medida em que tiver um novo princípio de organizar a vida humana, haverá também técnicas mais justas ambientalmente a serviço do ser humano.”


A campanha “O Petróleo tem que ser nosso” lança um olhar crítico sobre o papel que a empresa Petrobras tem desempenhado em outros países do mundo, considerado o de uma empresa transnacional. Na Bolívia, a Petrobras explora o último recurso do país – que já teve recursos como o estanho e o cobre praticamente roubados. A empresa brasileira é responsável por 15% do Produto Interno Bruto (PIB) dos bolivianos. No Equador, no Paraguai e em 27 países, esta triste história se repete.


Na avaliação de Andrioli, a ótica da campanha e do movimento popular é outra.


“Nós sabemos que a Petrobras assume um papel imperialista na America Latina e tem uma postura de empresa privada que busca lucro acima de tudo. Essa forma destrói o meio ambiente, causa exploração dos trabalhadores e prejudica a soberania dos países. Temos que ter uma empresa sob o controle dos trabalhadores, popular e que esteja a serviço da causa popular. Para termos essa empresa, temos que quebrar essa postura de multinacional exploradora de recursos e das populações.”


A única forma de manter os bens naturais é planejar a indústria pensando no bem-estar do povo e na soberania do país, avalia o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB).


Fonte: Agência Chasque

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Acre expõe políticas públicas e práticas ambientais em um congresso nacional

I Congresso da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente reúne mais de 500 participantes de todo país.
Dirigentes, gestores, técnicos e assessores jurídicos dos órgãos estaduais de meio ambiente de todo país se reuniram no I Congresso da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente - Abema, que ocorreu em São Paulo na semana passada.

A reunião da Abema tem como objetivo constituir um fórum comum de discussão técnico-científica e de debate entre profissionais de meio ambiente e áreas afins. Assim promovendo a troca de experiências por meio de discussões entre os estados referentes às questões ambientais e pela difusão sobre as estratégias de aplicações da gestão ambiental.

Paralelamente ao congresso, foi realizada a Feira de Boas Práticas dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente, na qual a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre expôs os produtos que estão sendo desenvolvidos e aplicados no estado, entre eles: a Política de Valorização do Ativo Ambiental, cartilhas de educação ambiental, jogos ambientais, o plano de recursos hídricos e a cartilha de Chico Mendes.

A Feira dá visibilidade aos projetos e práticas existentes nos estados. Mas um dos pontos interessantes são as relações que podem ser estabelecidas com gestões que apresentam experiências positivas” explica o representante da Sema, Ricardo Melo.

O congresso propiciou um nivelamento político, técnico e institucional. Para o presidente da Abema, Cláudio Langone, a ação dos estados influi diretamente no cenário ambiental do país e só com um evento dessa dimensão se torna possível enxergar a importância da integração para o processo de desenvolvimento das questões ambientais e da participação nas discussões dos problemas enfrentados pelo Brasil em relação à temática ambiental.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Fórum Amazônia Sustentável

O Fórum Amazônia Sustentável acontece no Horto Florestal, em Rio Branco, nos dias 12 e 13/08. O Tema do evento é "Serviços ambientais e REDD" e o objetivo é ampliar as discussões sobre REDD, e possibilitar a participação de populações tradicionais, indígenas, seringueiros e segmentos locais (governo, sindicatos, formadores de opinião, entre outros).

A Amazônia representa uma oportunidade única para que se alcance um modelo de desenvolvimento inovador e sustentável, com os devidos cuidados no uso dos recursos naturais, sem desperdícios e em benefício de todos, garantindo condições dignas de vida para suas populações, a valorização do seu patrimônio cultural e a conservação do patrimônio biológico.
Em face da relevância da região e da necessidade de um esforço intersetorial e suprapartidário baseado nas melhores premissas da responsabilidade socioambiental, criamos o FÓRUM AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL, com a missão de mobilizar lideranças dos diversos segmentos da sociedade, promovendo o diálogo e a cooperação para construir e articular ações, visando a uma Amazônia justa e sustentável.

Este Fórum baseia-se no diálogo entre diferentes, com a perspectiva de que a construção da sustentabilidade requer a cooperação e o equacionamento dos conflitos, no âmbito de uma agenda propositiva. Um pressuposto deste Fórum é que o desenvolvimento da Amazônia depende do ordenamento territorial que garanta os direitos coletivos de seus povos indígenas, comunidades quilombolas, populações tradicionais e ribeirinhas; e que cada grupo social nele se reconheça.

Para cumprir sua missão, o Fórum deverá desenvolver prioritariamente as linhas de ação descritas a seguir, as quais organizam e orientam a proposta inicial de agenda de trabalho disponível para consulta junto às organizações signatárias:
  • Mobilização da sociedade para o desenvolvimento da cultura da sustentabilidade e o controle social do mercado e das políticas públicas;
  • Fortalecimento do mercado de produtos e serviços sustentáveis;
  • Construção de compromissos de boas práticas produtivas;
  • Valorização do conhecimento tradicional e reconhecimento e garantia dos direitos de povos indígenas, comunidades quilombolas e populações tradicionais;
  • Estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico para a sustentabilidade;
  • Demanda de ações do Estado para ordenamento, regulação, fiscalização, monitoramento e proteção de direitos;
  • Proposição e demanda de Políticas Públicas de fomento e apoio ao desenvolvimento sustentável; e
  • Fomento ao diálogo entre as organizações e redes dos países amazônicos.

É hora de todos nós assumirmos a responsabilidade de juntar forças em um acordo urgente que envolva a coletividade para mudar a história recente da Amazônia em integração harmônica com outras regiões.





Fonte: http://www.socioambiental.org/


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sema e Raea participam de Fórum Brasileiro de Educação Ambiental



Quantidade e qualidade dos projetos em educação ambiental colocam o Acre em posição de destaque

A Secretaria de Estadode Meio Ambiente do Acre (Sema) e a Rede Acreana de Educação Ambiental (Raea) estiveram presentes no 6º Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, que aconteceu de 22 a 25 de julho, no Rio de Janeiro. Todas as redes de educação ambiental do país se reuniram para apresentar os resultados alcançados por cada uma delas. O fórum brasileiro de educação ambiental é um espaço para troca de experiências, além de ser uma oportunidade para convidar as pessoas a participarem de discussões sobre o tema.

De acordo com o representante da Sema/Raea no evento, Ricardo Melo, esta foi uma ocasião importante para o fortalecimento da Política Nacional de Educação Ambiental, bem como para incentivar e difundir a cultura de Redes de Educação Ambiental. "As demais redes viram que o Acre tem muitas ações ambientais que eles jamais imaginaram e isso abriu portas para uma maior visibilidade do nosso trabalho", complementa.

Estandes foram montados para apresentação das ações de cada estado e o espaço destinado ao Acre chamou muito a atenção dos visitantes e dos demais membros das redes brasileiras pela quantidade e qualidade de projetos de educação ambiental que têm sido desenvolvidos no Estado, como os Jogos Ambientais, Projeto Catar, Gestão Participativa de Recursos Extrativistas, Projeto de Educação Ambiental Sanitária, Coletânea de Normas Ambientais, entre outros.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, um dos palestrantes do evento apresentou as ações do governo federal na área e parabenizou o Acre pelas diversas iniciativas que foram apresentadas. Minc também chamou a atenção para a importância do fortalecimento das Redes de Educação Ambiental em todo o país para que se possa estabelecer ações integradas em favor do meio ambiente.

Outros nomes como Carlos Frederico Castelo Branco (Programa Agenda 21 RJ), Fernando Haddad (ministro da Educação) e Marcos Sorrentino (coordenador do Laboratório de Educação e Política Ambiental da USP) estiveram presentes.

Por Igor Martins.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Lançamento de Livro no VI Forum Brasileiro de E. A



Lançamento VI Fórum Brasileiro de EA
22 a 25 julho de 2009
Campus da Praia Vermelha - UFRJ
Urca - Rio de Janeiro - RJ

Educação Ambiental, Gestão Pública, Movimentos Sociais e Formação Humana – Uma abordagem emancipatória

Carlos Frederico B. Loureiro (org.)





sexta-feira, 24 de julho de 2009

VI Forum Brasileiro de Educaçao Ambiental






A Rede Acreana de Educaçao Ambiental está representando o Estado do Acre de forma incrivel, as pessoas que visitam o stand ficam impressionadas com tantos produtos e as ações desenvolvidas pelas instituições e parcerias.


Um momento històrico para a rede foi ao recebimento da sacola ecologica produzida em parceria com a Ecokall com a logo da rede no VI Forum



terça-feira, 21 de julho de 2009

Difusão Ambiental pela Arte



Na semana passada, o geógrafo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Claudemir Mesquita foi convidado a gravar um depoimento sobre o Igarapé Fundo. Ele que trabalha para o departamento de recursos hídricos, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, falou sobre o ciclo das águas, nascente, recuperação de mata ciliar e deixou uma mensagem sobre o uso sustentável das águas.

O documentário é objeto do projeto "Consumo Consciente - Cinema e Cidadania" aprovado no edital Arte e Consumo 2008 do Procon. O tema dele é o Igarapé Fundo, que é o igarapé mais urbano de todo o estado, pois além de cortar 24 bairros , também atravessa a Zona de Atendimento Prioritário da Nova Estação (ZAP 3), englobando os bairros Manoel Julião, Nova Estação, Vila Ivonete, Monte Alto, Isaura Parente, Jardim América e Boa Esperança, uma das regiões mais populosas de Rio Branco.

As ações antrópicas sob o igarapé foram intensas durante os anos, havendo trechos que chegam a ser irreconhecíveis devido à grande quantidade de lixo e esgoto. Há muitas casas que despejam direto no igarapé os seus resíduos. E é demonstrando essa realidade que o documentário pretende também ser uma ferramenta para educação ambiental, pois os moradores próximos e não só eles, como todos acreanos podem garantir a sobrevivência do Igarapé a partir da conscientização de situação.

O documentário de Consumo Consciente no Igarapé Fundo pretende ser lançado em outubro. Foram gravados também depoimentos de moradores, do filósofo Marcos Afonso, do autor Leonardo Boff, de técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Henrique Anastácio, entre outros. O vídeo encontra-se na fase de edição e finalização. Mais informações em: www.consumoconsciente.wordpress.com

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Acre será representado no Fórum Brasileiro de Educação Ambiental



O VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental é um evento promovido pela Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA) e que tem apoio dos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, das secretarias estaduais de meio ambiente e da educação, da UFRJ, UERJ, CFBio, BNDES, Itaipu Binacional, entre outros.

A programação inicia no próximo dia 22 no campus da Praia Vermelha da UFRJ e durante os quatro dias do fórum ocorrerão cerca de 100 minicursos e oficinas, 10 mesas-redondas, 20 jornadas temáticas, encontros paralelos, lançamentos de livros, shows musicais, festival de vídeos, apresentação de pôsteres, lançamento de livros e o lançamento do número 4 da Revista Brasileira de Educação Ambiental.


O Fórum se configura como um espaço de diálogo entre a REBEA e demais redes ambientais, tendo em vista essa oportunidade os materiais das instituições parceiras de educação ambiental utilizado pelos municípios acreanos serão apresentados.

São: Mapas temáticos e atlas, boletins técnicos, cartilhas (Sema, Imac, MPE, SOS Amazônia, Instituto Chico Mendes, SEE, Funtac, Ufac, Condiac, Prefeituras), adesivos, Revista (plano estadual de recursos hídricos), cds, dvds, banners, jogos ambientais, bonés, manuais, calendário e folders.

Mais informações no site: http://forumearebea.org.

E mais atualizações na volta!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Jogos Ambientais na Comunidade



Os Jogos Ambientais são uma ferramenta da Divisão de Difusão Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente que tem se mostrado eficiente com o público infantil. Ele foi aplicado no evento de Ação Social da Laminados Triunfo. O evento foi realizado na Fazenda São Jorge, pertencente ao Grupo Triunfo, localizada no município de Sena Madureira.

Os jogos cumpriram o papel de apresentar para o público infantil da comunidade informações sobre o meio ambiente de forma lúdica e interativa, possibilitando que as crianças se divirtam ao mesmo tempo que aprendem e se informam sobre as potencialidades e riquezas de nosso Estado, bem como da importância de preservar a florestas e os animais.



quinta-feira, 9 de julho de 2009

POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE RIO BRANCO SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - SEMEIA FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - FMMA EDITAL DE APOIO A PEQUENOS PROJETOS DE MEIO AMBIENTE EDITAL FMMA Nº. 01/2009

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente em conformidade com o disposto na Política Municipal de Meio Ambiente, Lei nº 1.330 de 23 de setembro de 1999 no seu Artigo 55 que cria o Fundo Municipal de Meio Ambiente – FMMA. Torna público, o EDITAL DE APOIO A PEQUENOS PROJETOS DE MEIO AMBIENTE, através do Fundo Municipal de Meio Ambiente – FMMA.

Este Edital tem como finalidade garantir a Escolas, Igrejas, Grupos Comunitários, Organizações não Governamentais de Rio Branco, recursos financeiros, totais ou parciais, a projetos que atendam aos requisitos do Edital, visando cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente, bem como as deliberações da Conferência Municipal de Meio Ambiente realizada em novembro de 2007. Serão apoiados projetos em três áreas: Conservação Ambiental, Educação Ambiental e Controle Ambiental. Para o presente Edital será disponibilizado o montante de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), sendo que o valor máximo a ser destinado por projeto será de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Esses recursos são oriundos de multas ambientais. Os projetos deverão ser encaminhados em envelope lacrado ao Gabinete da Secretaria Municipal de Meio Ambiente -SEMEIA, situado à Rua Antônio da Rocha Viana, s/nº, Bairro Vila Ivonete (Horto Florestal), CEP: 69.914-610 - Rio Branco – Acre.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Instituições discutem criação de unidades de ensino, pesquisa e extensão em Xapuri


Representantes do Governo do Estado, Universidades do Acre e de Viçosa discutem propostas para transformar a cidade num centro difusor de tecnologias de produtos da floresta

O Governo do Acre tem discutido propostas voltadas para o ensino, pesquisa e extensão que contemplem a cadeia produtiva dos produtos da floresta, tais como borracha, castanha, madeira, óleos e essências.
Com esse propósito, diversas reuniões e conversas foram realizadas com a participação do secretário de governo da área de desenvolvimento sustentável, representantes do Instituto Dom Moacir, Universidade Federal do Acre, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Prefeitura de Rio Branco e a Universidade Federal de Viçosa (MG), esta última representada pelo pró-reitor de Extensão e Cultura, Gumercindo Souza, que visitou Xapuri e participou de uma reunião com o prefeito do município, Francisco Ubiracy.
As discussões tiveram como foco a proposta de transformar Xapuri em um centro de difusor de tecnologias de produção de produtos da floresta, uma vez que em suas imediações encontram-se instaladas uma fábrica de preservativos (única no mundo a utilizar látex de seringueiras nativas) e outra de tacos de madeira.
Segundo Fábio Vaz, inicialmente será aproveitada a competência local instalada por instituições como a Embrapa/Acre, a Fundação Estadual de Tecnologia e a Ufac na consolidação de uma proposta aplicada ao desenvolvimento de tecnologias para a intensificação e diversificação da produção florestal e agroextrativista da região, integrando pesquisa, extensão e formação tecnológica.
A proposta delineada é a criação de um complexo de ensino-pesquisa com a cooperação técnica entre o Governo do Acre e a Universidade Federal de Viçosa, esta última reconhecida como um centro de excelência na área de ciências agrárias, mas que vem assumindo caráter eclético, expandindo-se noutras áreas do conhecimento, como Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Tecnológicas e Ciências Humanas, Letras e Artes.






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